Cerest interage com programas Aplique Bem, Quepia e Unidade de Referência, voltados à proteção do trabalho rural

IAC recebe profissionais do Cerest para ampliar interação entre os dois centros de estudos

10.12.2018 | 21:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

Um grupo de profissionais atuante no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) realizou uma visita técnica à sede do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC), na cidade paulista de Jundiaí. No local, são mantidos os programas Aplique Bem, ‘Quepia’ e Unidade de Referência, que beneficiam o trabalho rural. O objetivo da visita foi ampliar a interação entre os dois centros de estudos e também abrir caminho para futuras parcerias.

Recebidos pelo pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador dos três programas mantidos no CEA - todos desenvolvidos com recursos privados -, os profissionais do Cerest receberam informações sobre as principais iniciativas em andamento, no Brasil, com vistas ao uso seguro de agroquímicos.

Segundo explicou Ramos, o programa Aplique Bem leva diretamente a propriedades rurais do País uma plataforma de treinamento e pesquisa participativa. “Fornecemos a produtores e trabalhadores rurais todas as condições técnicas, além de materiais de suporte, para que aplicações de defensivos agrícolas sejam mais seguras e eficazes”, disse o pesquisador.

Gratuito e desvinculado de produtos ou marcas comerciais, salientou Ramos, o Aplique Bem já percorreu, em 12 anos de existência, 22 estados brasileiros, além de países como Burkina Faso, Costa do Marfim, Colômbia, Gana, Mali, México e Vietnã.

Sobre a Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agroquímicos (UR), recém-criada, Ramos salientou tratar-se de uma iniciativa fundamental para o País reduzir o déficit de mão de obra especializada na aplicação de defensivos agrícolas. A UR capacita multiplicadores de conhecimento para treinar trabalhadores na implementação de boas práticas nas pulverizações de lavouras.

Já o programa IAC-Quepia de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, de acordo com Ramos, foi pioneiro na adoção de uma legislação baseada em normas da ISO para prover segurança ao trabalhador que lida com agrotóxicos. Cálculos do IAC, diz o pesquisador, apontam que cerca de 2 milhões de pessoas exercem essa função no País nos dias de hoje. O Quepia também completou em julho último 12 anos de atividades ininterruptas. O programa recebe apoio financeiro da indústria brasileira de equipamentos de proteção individual (EPI).

“O Cerest desenvolve um trabalho de alta qualidade com vistas à preservação da saúde do trabalhador brasileiro. Nossa expectativa é a de que no futuro próximo possamos compartilhar conhecimento e iniciativas que beneficiem o trabalhador rural”, concluiu Hamilton Ramos.

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