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O 1º Censo de confinamento do estado de São Paulo, realização da Associação Nacional dos Confinandores (Assocon), Centro de Defesa Animal (CDA), subordinado à Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada (Cepea), completará esta semana dois meses de trabalho, em uma verdadeira força tarefa que envolve 40 escritórios regionais da defesa estadual, totalizando cerca de 100 pessoas.
Segundo os organizadores a meta é concluir essa fase de coleta das informações até o final de dezembro, visitando cerca de os 640 municípios em todo o estado. Maria Fernanda Volpato, zootecnista da Assocon, responsável pela elaboração do questionário e também pelo treinamento das equipes de campo, ressalta a importância do censo no mapeamento dos estabelecimentos rurais onde se desenvolve atividade de criação intensiva (confinamento).
João Carlos Hoppe, diretor do grupo de defesa sanitária animal da secretaria de agricultura do estado, fala que ainda é cedo para arriscar qualquer prognóstico, mas estudos recentes sinalizam para um número entre 400 e 500 estabelecimentos rurais operando confinamento em São Paulo.
Ainda segundo Hoppe, uma grande parcela dos fazendeiros opta pelo formulário manual ao invés da versão on-line, fato que dificulta a apuração exata dos estabelecimentos visitados até o momento. “Após o preenchimento das questões o veterinário da defesa animal envia as informações ao Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) que fará à compilação dos dados e divulgará o resultado final”, complementa.
Para Juan Lebrón, diretor executivo da Assocon, o Censo Paulista será uma ferramenta não só para apresentar ao mercado o real potencial de produção da pecuária de corte na região, mas também trará maior conhecimento sobre os impactos do confinamento nas questões sociais, econômicas e de meio ambiente. A Assocon tem atualmente 11 confinamentos associados no estado, o que representa um rebanho de 47.202 cabeças, aproximadamente.
Hoje, a pecuária paulista, englobando propriedade de corte e leite, conta com 153 mil estabelecimentos rurais com serviço de inspeção federal e estadual, o equivalente a um rebanho de 11,1 milhões de cabeças. Ao todo, 17 plantas frigoríficas processam 70% do volume de carne bovina exportada pelo Brasil. O estudo feito em caráter preliminar não agregou propriedades rurais que usam sistema de pecuária extensiva e semi confinamentos.
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Raphael Bueno
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