Cenário pós-WASDE: impactos para soja, milho e trigo

Especialistas da Hedgepoint analisam tendências para as safras 2024/25

14.03.2025 | 14:10 (UTC -3)
Luciana Minami

O relatório USDA de março não trouxe mudanças significativas para os mercados de soja, milho e trigo, conforme observam Luiz Fernando Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da Hedgepoint Global Markets, e Ignacio Espinola, analista sênior de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, no relatório pós-WASDE. Confira as análises:

Soja

Não houve alterações para os estoques dos EUA, que foram mantidos em 10,3Mt, assim como para as produções das safras sul-americanas da Argentina (49Mt) e do Brasil (169Mt). Já para os estoques finais globais, houve corte de 2,4% (124,3Mt), amparado pelo aumento do consumo verificado, principalmente, na China e Argentina.

Milho

A safra de milho americana teve as projeções mantidas em relação ao relatório anterior, com estoques finais de 39,1Mt. Em relação às produções sul-americanas de Argentina (50Mt) e Brasil (126Mt), não houve mudanças. Já os estoques finais passaram por um corte leve de 0,5%, totalizando 288,9Mt. A neutralidade do relatório de março não se aplica ao volume de importação da China, que sofreu corte nas estimativas, com redução de 10Mt para as atuais 8Mt.

Trigo

Os estoques finais da safra dos EUA foram elevados em 3,1%, para 22,3Mt, resultado do crescimento das importações pelo país. Houve aumentos também para Argentina, de 4,5% (18,5Mt), Austrália, de 6,6% (34,11Mt) e Ucrânia, de 2,2% (23,4Mt). A Rússia teve suas estimativas inalteradas. No entanto, vem apresentando condições climáticas recentes ruins, fator que pode vir a ocasionar ajustes no próximo relatório do USDA. Por fim, os estoques finais globais tiveram aumento de 1%, em um total de 260,1Mt.

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