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A busca pelo status de Indicação Geográfica (IG) para vinhos finos e espumantes Vinhos da Campanha do Rio Grande do Sul foi deflagrada pela cadeia produtiva da região e tem o apoio do Mapa. A previsão de duração do projeto é de cerca de três anos e para a execução dos trabalhos serão aportados R$ 2,17 milhões, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
A conquista do selo agrega valor ao segmento de vinhos e espumantes da região, tornando o produto competitivo no mercado pelo reconhecimento diferenciado, além de garantir a sua procedência. “O IG muda a visão do produto, agrega valor, protege o produtor da concorrência desleal e abre portas para sua inserção no mercado externo”, destacou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério, Caio Rocha.
O objetivo de uma IG é justamente chegar ao produtor para que os alimentos ganhem em qualidade e a sua procedência seja de fato reconhecida. O papel do Ministério da Agricultura é o de fomentar, por meio de orientações técnicas, como se obtém o registro da indicação. O Ministério também pode aportar recursos quando for demandado, não é o caso deste trabalho específico. A equipe do projeto é composta por 41 pesquisadores, 30 colaboradores, entre técnicos, administrativos e bolsistas de sete instituições de ciência e tecnologia da região. A coordenação caberá ao pesquisador da Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves/RS, vinculada do Mapa, José Eduardo Monteiro.
Existem duas espécies ou modalidades de Indicação Geográfica: “Indicação de Procedência (IP)” e “Denominação de Origem (DO)”. No Brasil, 14 produtos agropecuários têm registro de IG como "Indicação de Procedência" e quatro como "Denominação de Origem". Entre eles, estão os vinhos da IP Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul; o café produzido na região do Cerrado Mineiro; e a cachaça de Paraty, além da recente conquista do selo pelos produtores de cachaça da região de Salinas, em Minas Gerais. Eles receberam o reconhecimento da Indicação Geográfica para a cachaça da região, em julho deste ano. Foi a segunda região do Brasil a receber o status como indicação de procedência da cachaça, após Paraty, no Rio de Janeiro.
A IG é conferida a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de distingui-los em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer (know-how ou savoir-faire). O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) é a instituição que concede o registro e emite o certificado.
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