Ourofino Agrociência promove lançamentos no Mato Grosso
Representantes dos elos da cadeia produtiva do milho no oeste baiano se reuniram durante a Bahia Farm Show para uma reunião da Câmara Setorial de Grãos. Na pauta da reunião estavam as ações que precisam ser tomadas para a melhoria nos mecanismos públicos de comercialização da safra e para resolver problemas crônicos de escoamento do milho produzido na região.
A discussão sobre a infraestrutura para o transporte da safra foi reforçada com um panorama geral das principais obras em andamento na região e que vão tornar essa logística mais eficiente. Segundo o diretor de Relações Institucionais da Aiba e secretário executivo da Câmara de Grãos, Ivanir Maia, está em andamento a criação de uma agência articuladora que dará mais celeridade aos assuntos estruturantes dessa última fronteira agrícola, que é o Matopiba. Essa estrutura está ligada à ferrovia Oeste-Leste, ao Porto Sul e às prioridades que devem ser dadas para a conclusão da BR-242 ligando a região ao Tocantins e da BR-020, elo entre o oeste baiano ao sul do Piauí. “Se essa ação, visando o fortalecimento do Matopiba acontecer, teremos uma fluência logística muito importante”, disse Maia.
Foi tema ainda dos debates o impacto do sistema de bandeiras tarifárias que institui uma taxa extra na conta de luz quando a geração energética se torna mais cara. Os agricultores defendem que a Câmara Setorial de Grãos deve se posicionar contra a inclusão dos consumidores rurais no sistema de bandeiras e intervir junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A taxa adicional batizada de “bandeira vermelha”, elevou os custos com energia nas culturas irrigadas em até 312%. “O produtor que pagava R$ 40 mil de energia elétrica passou a pagar R$ 120 mil. Antes havia um programa com horário privilegiado de custo para o produtor de cultura irrigada, mas agora não existe mais e isso compromete a sustentabilidade da cadeia produtiva”, explicou Luiz Antônio Pradella, presidente da Cooperfarms.
Outros temas discutidos foram a atualização da planilha de custo da Conab, que determina o preço do milho e que, segundo os produtores está desatualizada; além da necessidade de se criar um mercado consumidor, por meio de um complexo industrial e mecanismos para atrair investidores à região também foram discutidos.
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