Nova tecnologia é aposta do Grupo Agrimec para a Agronegócios Copercana
Os integrantes da Câmara Técnica da Sociobiodiversidade debateram as propostas para o Plano Nacional dos produtos extrativistas no Tocantins. Neste primeiro momento, o projeto sustentável estuda a cadeia produtiva do babaçu e, posteriormente, a inclusão de outros produtos como a mangaba, buriti, pequi e capim dourado. A reunião aconteceu, na manhã desta segunda-feira, dia 25, no Sindicato Rural dos Trabalhadores e Trabalhadoras, em Divinópolis, Área de Proteção Ambiental - APA - Cantão. O encontro encerra nesta terça-feira (26).
Segundo o Superintendente de Assentamentos e Agricultura Familiar da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Marcelo Gualberto Caldeira, que fez a abertura do evento, é necessário fortalecer as diversas cadeias produtivas e que no Tocantins, apresenta uma diversidade de plantas nativas e frutíferas. “É preciso valorizar essas fontes alternativas da natureza para gerar novas oportunidades para as comunidades. O Tocantins é rico em produtos extrativistas, que podem ser utilizados economicamente na indústria farmacêutica, na alimentação e no artesanato. Porém é preciso antes organizar a produção, para expandir os canais de comercialização”, enfatizou.
De acordo com o representante do ICMBio, Instituto Chico Mendes, Lino Rocha de Oliveira, a proposta é ampliar esse mercado produtivo. “No Tocantins podemos explorar mais de 60 produtos extrativistas. O Instituto trabalha, atualmente com aproximadamente 200 famílias, na reserva extrativista (RESEX) do Babaçu nos municípios de Carrasco Bonito, Sampaio e Buriti sendo que muitas delas gera uma economia de R$ 2 mil reais por mês”, explicou.
Rocha lembrou também que o mercado de produção de óleo de babaçu é muito grande. “Fechamos um contrato para exportar o óleo para Alemanha. A empresa Tobasa tem um contrato na compra de 200 toneladas de amêndoa do babaçu, um total de três empresas envolvidas na comercialização dos produtos”, acrescentou.
Raquel Pinheiro da Silva, coordenadora do Comitê de Mulheres do Território da Cidadania do Jalapão vê com otimismo as ações que estão sendo apresentadas para a implantação do Plano Nacional. Ela representa as comunidades de oito municípios: Mateiros, Ponte Alta do Tocantins, Rio sono, Novo Acordo, Lizarda, São Félix, Santa Tereza e Lagoa do Tocantins. “A criação desse Plano vai nos melhorar ainda mais a cultura, pois acreditamos que com a comunidade organizada conseguiremos fortalecer as organizações que trabalham com o capim dourado, promovendo uma maior valorização das agricultoras familiares, mantendo a sustentabilidade do meio ambiente”.
Para a presidente da reserva extrativista do Extremo Norte do Tocantins, Josiane Lima, a implantação do Plano Nacional no Tocantins trará mudanças significativas para as comunidades tradicionais. “É muito importante essas discussões para nós extrativistas, pois o que almejamos é a melhoria da qualidade de vida nas nossas comunidades com geração de renda”, argumentou Josiane, que já trabalha com cinco comunidades extrativistas da região.
Josiane acrescentou que o potencial do babaçu para a geração de emprego e renda é muito grande. “Sabemos que o babaçu tem uma variedade enorme de aproveitamento. Atualmente temos uma miniusina e já estamos produzindo 200 litros de óleo por dia, isso três vezes por semana”, disse, completando que o babaçu na região é produzido naturalmente em grande escala. “A nossa intenção é expandir esse aproveitamento da cadeia produtiva do babaçu. Por enquanto, estamos extraindo o óleo, mas queremos produzir o sabão e outros subprodutos”.
As discussões para o Plano continuam na tarde desta segunda. A coordenadoria de Segurança Alimentar fará uma explanação abordando sobre o SIM – Serviço de Inspeção Municipal, e orientações do Fundo Clima – chama pública. O evento encerra nesta terça-feira (26) com o fechamento das ações de estratégias.
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