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A Câmara Setorial da Soja reuniu-se nesta semana, em formato híbrido, para avaliar o andamento da safra 2025/26, debater medidas de prevenção à ferrugem-asiática e deliberar sobre a nova coordenação do grupo. O nome de Luiz Carlos Antolini Nemitz, representante da Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs), foi aprovado pelos integrantes para assumir a coordenação. O encaminhamento segue agora para ratificação pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum.
Durante o encontro, o gestor da área de cultivos anuais da Emater/RS, Alencar Rugeri, apresentou um panorama da soja no Estado. Segundo ele, a região de Bagé foi destaque, com 1,057 milhão de hectares cultivados e produtividade média de 2.412 kg/ha, considerando a média dos últimos dez anos.
Representantes da Acergs também abordaram a sustentabilidade financeira da produção e demonstraram preocupação com as condições climáticas que afetam o cultivo. A entidade sugeriu a criação de um fundo garantidor ou seguro rural, como forma de mitigar os impactos de estiagens, que têm se tornado mais frequentes no Estado.
A chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapi, Deise Feltes Riffel, apresentou as ações de controle da ferrugem-asiática, com destaque para o calendário do vazio sanitário e da semeadura da soja. Riffel lembrou que, desde 2021, o Ministério da Agricultura, por meio da Portaria nº 306, instituiu o Programa Nacional de Controle da Ferrugem-Asiática, com definição de períodos para o plantio e para o vazio sanitário.
Para 2025, ficou definido o vazio sanitário entre 3 de julho e 30 de setembro, e o período de semeadura da soja de 1º de outubro a 28 de janeiro de 2026. Segundo Riffel, ajustes anuais têm sido realizados para adequar o calendário às condições regionais e às ocorrências de rebrote da cultura.
O diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, reforçou a importância do cumprimento dessas medidas. “Historicamente, o Rio Grande do Sul recebe esporos vindos de regiões mais ao norte do continente, já expostos a uma carga de resistência. O calendário do vazio sanitário é essencial para preservar a eficácia das ferramentas de controle”, afirmou.
A Emater/RS também destacou o papel do Programa Monitora Ferrugem RS, que acompanha a evolução da doença e as condições ambientais favoráveis à sua incidência no Estado.
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