Cafés do Brasil geram US$ 8,5 bilhões de receita cambial com exportação de 36,6 milhões de sacas em um ano

Preço médio da saca de 60kg exportada foi de US$ 230 em doze meses

12.05.2023 | 14:08 (UTC -3)
Embrapa
Preço médio da saca de 60kg exportada foi de US$ 230 em doze meses; Foto: Wenderson Araujo/CNA
Preço médio da saca de 60kg exportada foi de US$ 230 em doze meses; Foto: Wenderson Araujo/CNA

As exportações dos Cafés do Brasil, no acumulado de 12 meses, no período de maio de 2022 a abril do corrente ano, totalizaram um volume físico equivalente a 36,64 milhões de sacas de 60kg, as quais geraram receita cambial de US$ 8,44 bilhões, cujo preço médio unitário da saca foi de U$ 230,35. Nesse período, o maior preço médio registrado, de US$ 243, ocorreu no mês de outubro de 2022, e o menor, de US$ 211,24, no mês de fevereiro do corrente ano.

Convém registrar ainda que, no período ora em destaque das exportações dos Cafés do Brasil, do volume total citado de 36,64 milhões de sacas, 32,85 milhões de sacas foram de café verde, que representaram 89,7% desse total, sendo 31,47 milhões de sacas de Coffea arabica, aproximadamente 86%, e 1,37 milhão de sacas de Coffea canephora (robusta e conilon), que representaram 3,7% do total geral. Em complemento, também foram exportadas na forma de café solúvel o equivalente a 3,74 milhões de sacas (10,2%), além de 45,2 mil sacas de café torrado e moído, quantitativo que representa em torno de 0,1%.

No acumulado de 10 meses, caso sejam consideradas as exportações a partir do início do ano-safra brasileiro em curso, o qual teve início em julho de 2022, constata-se que as exportações dos Cafés do Brasil atingiram 30,49 milhões de sacas e arrecadaram US$ 6,99 bilhões de receita. Tal desempenho denota um declínio de 9,1% em volume, mas, em contrapartida, uma evolução na receita cambial de 4,6%, na comparação com o mesmo período anterior da safra 2021-2022.

Adicionalmente, vale também ressaltar que as exportações dos cafés brasileiros, nos quatro primeiros meses do corrente ano, ou seja, de janeiro a abril de 2023, o País exportou 11,09 milhões de sacas, volume que representa uma queda de 19,9%, se comparado com as 13,85 milhões de sacas vendidas nos quatro primeiros meses do ano anterior. Em termos de arrecadação, tal queda no volume físico provocou um decréscimo de 25%, pois a receita cambial declinou de US$ 3,2 bilhões para US$ 2,4 bilhões, na mesma base comparativa com o ano anterior.

Por fim, no mesmo contexto dessa análise, registre-se que as exportações dos cafés brasileiros, exclusivamente no mês de abril do corrente ano, atingiram 2,72 milhões de sacas de 60 kg, volume que implicou queda de 10,3% na comparação com os 3,03 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2022. Assim, em abril passado, com preço médio de US$ 222,08 por saca, a receita cambial totalizou US$ 604,5 milhões, performance que representa um decréscimo de 16,9%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Em complemento, registre-se que os números e dados do desempenho das exportações dos Cafés do Brasil objeto desta análise, entre tantos outros dados relevantes do setor, estão disponíveis no Relatório mensal – abril 2023, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Finalmente, também merece ressaltar os seis principais países importadores dos Cafés do Brasil, no acumulado dos quatro primeiros meses de 2023. Assim, conforme o  Relatório mensal abril – 2023, do Cecafe, os Estados Unidos seguem como sendo o principal importador do produto brasileiro, o qual adquiriu 2,05 milhões de sacas, cujo volume registrado foi 19,2% inferior ao vendido no mesmo período de 2022, a despeito de as compras dos EUA terem representado 18,5% do total dessas exportações.

Neste ranking, na segunda posição, vem a Alemanha, com participação de 12,9% nas importações do total dos Cafés do Brasil, por ter adquirido 1,43 milhão de sacas, número que registrou uma queda de 46,5%, na comparação com o mesmo período anterior. Em terceiro lugar, destaca-se a Itália, com a importação de 924,78 sacas, a qual também registrou queda de 22,7% nas compras do produto brasileiro; seguida do Japão, em quarto, com 646,09 mil sacas, cujas compras se mantiveram estáveis; e, em quinto, a Bélgica, com 555.074 sacas (-61,2%); e, na sequência, a Colômbia, mesmo sendo o terceiro maior produtor de cafés do mundo, após o Brasil e o Vietnã, adquiriu 434,63 sacas de 60kg dos Cafés do Brasil, número que representou uma queda de 1,9%, na mesma base comparativa.

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