Cadeia Produtiva do Palmito é uma das atrações da EBDA na Fenagro

De paladar fino e suave, parceiro da dieta saudável, o palmito é um alimento rico em ferro e de baixo teor de açúcar. Com tais propriedades esse produto é muito utilizado em saladas e outras iguarias e definido pelos técnicos que trabalham com a cultura, como de grande importância para a agricultura familiar das regiões produtoras. As plantações da pupunheira estão presentes, na Bahia, nos municípios de Igrapiúna, Taperoá, Valença, Camamu, Una, Uruçuca e municípios circunvizinhos, nos Territórios de Cidadania Baixo Sul e Litoral Sul.

Com a finalidade de apresentar a Cadeia Produtiva do Palmito no Estado, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), mostra, na Fenagro, todas as etapas de produção para o cultivo do palmito de pupunheira. Técnicos da EBDA orientam os visitantes da Feira sobre plantio, sementes, tratos culturais, colheita, beneficiamento e comercialização. Também está em exposição o palmito em conserva, que pode ser degustado e adquirido, no local.

O técnico da EBDA, Alair Lacerda, comenta que o palmito da pupunheira possui uma característica única entre os demais produtos. “O palmito, além de ter um sabor inigualável, não escurece após o corte, podendo ser consumido da maneira tradicional, em conserva, ou minimamente processado e resfriado”, comenta Lacerda.

A EBDA é a responsável pelo estimulo e o aumento da produção de palmito, oferecendo capacitações aos agricultores familiares das regiões produtoras, voltadas ao manejo adequado, melhoramento e beneficiamento da cultura. Cursos, seminários, visitas técnica às unidades familiares para orientações sobre os tratos culturais, são algumas das ações desenvolvidas pela instituição. Emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e elaboração de projetos de investimento rural, completam as ações da Empresa.

São assistidas pela EBDA, em parceria com a Cooperativa dos Produtores de Palmito (Coopalm), 540 famílias que cultivam a pupunheira, que, atualmente, possuem 1.128 hectares de área plantada, produzindo, por ano, 4,2 milhões de hastes de palmito de pupunha, que corresponde a 2 milhões de potes de 300 gramas.

O técnico da Coopalm, Evandro Silva, assegura que o agricultor que plantar um hectare de pupunha é capaz de ter 7.200 plantas, com uma renda mensal média de R$800 reais, por mês. “O cultivo da pupunheira é rápido, e entre 10 a 14 meses a planta já esta em faze de corte; o agricultor deve estar atento às medidas: 1,60m de altura e 0,30 cm de circunferência. É importante ressaltar que a planta é de ciclo continuo, sustentável”, declara Evandro.

Evandro Silva disse que a Coopalm é a única cooperativa de agricultores familiares que possui certificações em sua indústria, como: ISO 9001, ISO 14001, ISO 22000, Rainforest Alliance Certified, Certificado da Agricultura Familiar e Prêmio de 1º lugar em Gestão Cooperativista no Cenário Nacional.

A socióloga da EBDA, Zaira Cristina, comenta que o cultivo da pupunheira está mudando a vida das famílias. “Os agricultores estão buscando o aperfeiçoamento das suas produções agrícolas, participando de encontros e capacitações que tragam novidades sobre as culturas, e com o palmito tem sido assim; já é possível ver o desenvolvimento socioeconômico das famílias que se dedicam a agricultura familiar”, declara a técnica.

Os frutos da pupunheira é um alimento bastante utilizado na alimentação humana, rico em carboidrato. Com ele é possível fazer bolos, doces, biscoitos, cuscuz e até mesmo pudim. Zaira Cristina comenta que o fruto deve ser consumido cozido. “A EBDA está providenciando cursos de culinária, para ensinar receitas com o fruto de pupunha, e, assim, garantir mais uma opção de renda para as famílias que se dedicam a cultura”, assegurou a técnica.