C.Vale emprega mais de cem portadores de deficiências

07.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

Há mais de quatro décadas, a C.Vale vem ajudando a desenvolver o país ao oferecer emprego, renda e qualidade de vida para milhares de famílias. Os portadores de deficiências já somam 106 empregados.

Ao todo, são quase cinco mil postos de trabalhos espalhados em quatro estados brasileiros e no país vizinho, Paraguai. Atenta as exigências legais e preocupada com a inclusão social, a cooperativa informa que está empenhada em atender o programa para Pessoas Portadores de Deficiência (PPD). Com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, 106 portadores de deficiências física, mental, auditiva, visual e múltipla desempenham várias atividades profissionais dentro da empresa.

Para melhor aproveitamento do potencial individual desses profissionais, já no processo seletivo é feita uma triagem sobre habilidades e condições de trabalho, que só é validada após exame médico. “Nos primeiros 30 dias fazemos um acompanhamento de perto para avaliar sobre sua adaptação”, revela a assistente social e encarregada pelo programa, Dóris Giovane Pedron Alves. Segundo ela, em alguns casos, esse acompanhamento é feito também com a família. “É importante sabermos se ela incentiva o PPD a trabalhar fora”, complementa. A cooperativa também desenvolve um trabalho de sensibilização nos setores para receber e auxiliar o PPD em suas atividades.

Primeiro emprego

Anderson Arroyo Garrido, 27 anos, portador de deficiência visual, residente em Altônia, fala com orgulho que no dia 14 de julho, completa um ano de empresa. “Esse é o meu primeiro emprego, e com carteira assinada. A C.Vale me deu a oportunidade de mostrar que tenho condições de trabalhar como qualquer outra pessoa. Na realidade ela me deu a independência”, enfatizou Anderson que trabalha no primeiro turno do abatedouro, na lavanderia. Ao relembrar, sua trajetória de conquistas, revelou com orgulho que a cooperativa ajudou a realizar um grande sonho. “Economizei e comprei um computador. Agora estou trabalhando pra comprar uma casa”, planeja. Recém contratado nessa mesma área, José Adair Mendes Guimarães, 34 anos, portador de deficiência mental, reforça as palavras de Anderson dizendo que a cooperativa também olha pra família ao dar vale alimentação, plano de saúde e odontológico. “Eu preciso trabalhar. Tenho esposa e três filhos pra tratar e me disseram que a empresa é boa, estou aqui”. A encarregada pelo setor de vestiário e lavanderia, Mari Tereza da Silva Valérius, diz que só nesse setor a C.Vale emprega nos três turnos, 96 pessoas, sendo 10 PPD. “Logo que são contratados, estamos sempre perto para ensinar, tirar dúvidas, reforçar sobre o uso adequado de equipamentos de segurança, mas depois disso são tratados como qualquer outro profissional. Não vejo o porque fazer diferença se a capacidade produtiva é igual”, atesta.

Planejando o futuro

Claudemir Loeblan, 26 anos, casado, pai de uma filha de seis anos, residente em Nova Santa Rosa, diz que a sua deficiência física nunca foi empecilho pra trabalhar, porém teve dificuldade para se colocar no mercado de trabalho. “A C.Vale foi o meu primeiro emprego com carteira assinada. Estou aqui há três anos e meio e não pretendo sair tão cedo. Sei que posso fazer mais pela empresa e ela por mim”, diz Claudemir que trabalha no almoxarifado do abatedouro. Outro integrante da família C.Vale é Juliano Formentini, 27 anos, admitido recentemente para a área administrativa. Mesmo não falando e nem ouvindo, ele tem facilidade de comunicação. Antes de ser contratado, ministrou para um grupo de funcionário da cooperativa um curso de libras. Ele diz também que é o seu primeiro emprego e está muito feliz. “Com essa oportunidade volto a planejar minha vida profissional e pessoal. Quero retomar a faculdade de administração e me qualificar melhor pro mercado”, diz.

14,5% PPD no BR

Cerca de 600 milhões de pessoas no mundo, tem algum tipo de deficiência. Só no Brasil, são 25 milhões, 14,5% da população. Fonte: ONU/IBGE.

Cotas

No Brasil, a Lei de Cotas, define que as empresas que possuem 100 ou mais empregados devem reservar uma cota de vagas para portadores de deficiência (entre 2% e 5%, conforme o número de empregados da empresa). Apesar dos esforços, o maior desafio da C.Vale tem sido preencher essas vagas por não encontrar profissionais no mercado. Alguns não atendem a convocação da cooperativa por pré-conceito, outros porque não querem abrir mão do Benefício de Prestação Continuada ou de Aposentadoria por Invalidez já conquistados. Mesmo assim, a cooperativa continua disponibilizando vagas para PPD.

Sára Ferneda Messias

Assessoria Imprensa C.Vale

/ (44) 3649-8021

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