BIOEN aprova projeto da ESALQ

30.06.2009 | 20:59 (UTC -3)

Entre os projetos temáticos selecionados pela Fapesp para integrar o Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) está “Análise funcional do raquitismo da soqueira da cana-de-açúcar”, coordenado por Luis Eduardo Aranha Camargo, docente do departamento de Fitopatologia e Nematologia (LFN) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ).

Os projetos aprovados no início do mês são referentes a 1ª Chamada de Propostas de Pesquisa para Pesquisa Acadêmica – para Projetos Temáticos-Pronex (Convênio FAPESP-MCT/CNPq-Pronex), lançada em 3 de julho de 2008. O objetivo do BIOEN é fomentar discussões e práticas que aprimorem o conhecimento e aplicação em setores relacionados à produção de Bioenergia no Brasil. Para tanto, prevê a utilização de laboratórios acadêmicos e industriais, que servem como plataforma de desenvolvimento de projetos inseridos em cinco divisões temáticas: Biomassa para Bioenergia (com foco para cana-de-açúcar); Processo de Fabricação de Biocombustíveis; Biorefinarias e Alcooquímica; Aplicação do Etanol para Motores Automotivos; Pesquisa sobre impacto sócio-econômicos, ambientais e uso da terra.

O projeto coordenado pelo professor Luis Eduardo terá duração de três anos e envolve, além de pesquisadores da ESALQ, cientistas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Instituto de Biociências e Instituto de Química, ambos da USP. “Esta pesquisa é um desdobramento dos antigos projetos Genoma da Fapesp, que começaram em 1998 com o Xylela, seguindo com o sequenciamento de vários organismos, entre os quais estava a bactéria do raquitismo”, lembra o pesquisador. O raquitismo da cana, foco do estudo, é causado pela bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli, que está disseminada pelo mundo inteiro, causando perdas significativas na produção de cana. “Esse mal pode reduzir a biomassa em até 50% em cultivares suscetíveis e, além disso, é pouco estudado, uma vez que trata-se de uma bactéria que demora muito para crescer em laboratório”.

Este projeto ainda é um primeiro estágio para identificar quais genes e proteínas interagem com a bactéria do raquitismo. “Vamos estudar como a planta reage à infecção assim que a bactéria se instala e comparar variedades resistentes e suscetíveis. A identificação dos genes que manifestam ou que repelem a doença irá permitir ao menos mapear as vias de defesa metabólicas empregadas pela planta. Em um passo futuro, que ainda não é objetivo deste projeto, a partir do entendimento desse metabolismo, podemos pensar na readequação desse metabolismo para aumentar a resistência da planta. Mas isso é um patamar a ser atingido a longo prazo”, salienta o professor Luis Eduardo.

Fonte e informações adicionais: Esalq -

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