2,1 mil jovens de Bebedouro/SP ganham peça teatral sobre sustentabilidade
O relatório setorial de investimentos do Branco do Brasil é produzido mensalmente e anualmente. Ele traz comentários dos analistas do BB Investimentos sobre os fatos que moveram o mercado durante o mês e perspectivas de cenário para o mês seguinte.
Em um mês de alta do Ibovespa (+3,2%) após 4 meses de queda, as empresas do agronegócio tiveram comportamentos distintos. Os destaques positivos foram os papeis da Fertilizantes Heringer (+23,5%) e da SLC Agrícola (+12,5%), que vêm se beneficiando dos elevados patamares atuais das commodities agrícolas. As principais baixas foram da JBS (-11,1%) e Brasil Foods (-3,5%), muito em função do cenário mais desafiador, em especial para o segmento de aves, com o aumento dos custos de matérias-primas. As demais companhias tiveram os seguintes desempenhos: Minerva +8,6%, São Martinho +8,2%, Tereos +4,4%, Marfrig +1,2%, Cosan +0,7% e M. Dias Branco -2,7%.
No final do mês foram divulgados os resultados da M. Dias Branco referentes ao 2T12. Com recorde de receitas e fortes margens em um ambiente de custos pressionados, a companhia segue tendo sucesso em sua estratégia de expansão das atividades, mantendo nível confortável de endividamento.
Quanto às commodities agrícolas, as cotações dos grãos seguem em alta expressiva devido à maior seca dos últimos 50 anos nos Estados Unidos, que vem comprometendo sua produção agrícola. No caso do milho, o mais afetado, os preços registraram valorização de 37,8% em julho de acordo com dados do CEPEA/ESALQ. Preços em patamares tão elevados têm surpreendido, considerando que a colheita no Brasil tem avançado bem, com estimativas de produção recorde, possivelmente superando a safra de verão.
Em relação à soja, os preços já apresentam alta de 70,4% no ano, sendo 15,5% somente em julho, segundo o apresentam CEPEA/ESALQ. Além dos motivos mencionados para o milho, destacamos a baixa disponibilidade de soja no mercado interno e a forte demanda por farelo.
As cotações do açúcar cristal e do etanol hidratado seguiram caminhos opostos no mês. Enquanto no primeiro os preços etanol subiram 8,1%, o segundo teve redução de 1,7%. Os estoques nacionais de açúcar permaneceram baixos durante julho, segundo informações do CEPEA, em parte por conta do atraso no início da safra 2012/13 e das chuvas em junho, mantendo início a oferta restrita no mercado spot, com as usinas priorizando o cumprimento de contratos anteriores. Os preços um pouco, mais fracos do etanol, por sua vez, refletem a maior oferta por parte de algumas usinas que vinham se mantendo fora do usinas mercado spot nas últimas semanas.
O mercado de boi gordo caracterizou-se pela insatisfação por parte dos pecuaristas em relação aos preços mais baixos e da se pressão por parte da ponta compra (frigoríficos), como já era esperado em um cenário de maior disponibilidade de gado para esperado abate. O indicador CEPEA/ESALQ fechou o mês em R$ 89,84, baixa de 3,1%.
No comércio internacional, os últimos dados divulgados pela Secex referentes ao acumulado até junho de 2012 mantêm a Brasil Foods na 4ª posição entre os maiores exportadores nacionais, atrás apenas de Vale, Petrobras e Bunge. O montante somado das exportações individuais de Sadia + BRF (como apresentado pela Secex) foi de US$ 2,537 bilhões. O Minerva voltou para a lista dos 40 maiores exportadores na 38ª posição (US$ 508,4 milhões), enquanto as vendas externas da JBS atingiram US$ 1,252 bilhão no período.
O mês de agosto será marcado pela divulgação de resultados por parte da maioria das empresas do agronegócio agronegócio. Acreditamos que as expectativas já estão precificadas nas ações do setor, sendo que apenas grandes surpresas devem causar volatilidade acima do normal.
Em nossa visão, os principais pontos de alerta a serem acompanhados nas próximas semanas são as condições climáticas nos Estados Unidos e as cotações das commodities agrícolas. Os elevados patamares beneficiam os produtores agrícolas e as misturadoras de fertilizantes, por exemplo, enquanto aumentam os custos dos produtores de proteínas e, consequentemente, os preços dos alimentos.
Além disso, continuamos observando a evolução do endividamento dos frigoríficos, com boa parte atrelado a moedas estrangeiras, em um cenário de dólar em torno de R$ 2,00.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura