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Bayer e Abag premiam mulheres do agronegócio durante o CNMA 2024

Elas adotam práticas alinhadas aos princípios ESG em atividades nas propriedades e em iniciativas externas

23.10.2024 | 15:29 (UTC -3)

Revista Cultivar

Marcio Santos, presidente da divisão agrícola da Bayer no Brasil, durante a cerimônia de premiação

A Bayer e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) anunciaram as vencedoras da 7ª edição do Prêmio Mulheres do Agro. Aconteceu durante primeiro dia do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio 2024 (CNMA), realizado em São Paulo.

O evento destacou o trabalho de dez mulheres, incluindo nove produtoras rurais e uma pesquisadora. Elas adotam práticas alinhadas aos princípios ESG (ambiental, social e governança), tanto nas atividades dentro das propriedades quanto em iniciativas externas.

A edição deste ano contou com aumento de 26,5% no número de inscrições de pequenas propriedades em relação ao ano passado. Participaram do concurso produtoras de todas as regiões do país, com idades variando entre 19 e 67 anos.

Daniela Barros, diretora de comunicação da divisão agrícola da Bayer no Brasil, destacou o compromisso da iniciativa em promover um agronegócio mais inclusivo e em reconhecer mulheres que atuam no setor de forma diferenciada.

Entre as premiadas, a diversidade de cultivos incluiu mel, baunilha, café e grãos (soja, milho e trigo). Sempre com práticas baseadas em inovação e sustentabilidade. As iniciativas promovidas pelas produtoras englobam desde a economia de recursos naturais até o engajamento comunitário.

Gabi Rodrigues, vencedora na categoria pequena propriedade, é proprietária da Palmitolândia, em Iporanga. Há quase 20 anos, ela desenvolve práticas que buscam transformar a produção e o consumo do palmito pupunha, com foco na sustentabilidade. Sua propriedade conta com sistema de energia fotovoltaica, reutiliza água para irrigação e adota embalagens biodegradáveis. Além disso, promove ações sociais e educacionais voltadas para a conscientização da comunidade sobre a importância da preservação ambiental.

Já Luiza Oliveira Macedo, vencedora da categoria média propriedade, é coproprietária da Fazenda Tapera do Baú, em Boa Esperança (MG). Ela assumiu a liderança da fazenda familiar em 2019 e implementou inovações voltadas à cafeicultura regenerativa. A produção é especializada em cafés fine cup e especiais, e a propriedade exporta para o mercado internacional. Luiza também promove capacitações para colaboradores e participa de iniciativas que buscam o empoderamento feminino no setor.

Na categoria grande propriedade, a vencedora foi Vanessa Bomm, gestora da Fazenda Mareva, em Terra Roxa (PR). Ela segue o legado familiar na produção de soja, milho e trigo, implementando práticas sustentáveis e regenerativas. Vanessa também é embaixadora do Pro Carbono, projeto que visa reduzir emissões de gases de efeito estufa e regenerar o solo. Além das práticas no campo, promove capacitações para os colaboradores e apoia ações sociais voltadas para a comunidade local.

Na categoria ciência e pesquisa, Danielle Pereira Baliza, de Minas Gerais, foi a vencedora. A pesquisadora é autora de mais de 40 artigos científicos e foi uma das primeiras no Brasil a estudar sistemas agroflorestais (SAFs) com café. Por meio do projeto "Embaixadoras do Instituto Federal", Danielle impactou mais de 2.500 agricultoras, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades de autonomia e participação no uso sustentável dos recursos naturais.

Gislaine Balbinot, diretora executiva da Abag, destacou que as iniciativas das premiadas mostram a possibilidade de aliar produtividade, preservação ambiental e impacto social, inspirando novas gerações a atuarem no agronegócio. Daniela Barros reforçou a importância de promover um setor que priorize a preservação ambiental, o desenvolvimento humano e a inovação.