BASF anuncia novos produtos e prioridades estratégicas para o setor agrícola até 2030

No "Capital Markets Day", Michael Heinz, membro do conselho executivo da BASF, apresentou uma visão detalhada sobre os próximos passos da empresa no setor de soluções agrícolas. Ele destacou a estratégia da empresa para os próximos anos, com ênfase em novos produtos, inovações digitais e prioridades estratégicas que irão moldar o futuro da divisão agrícola.

Entre os destaques, Heinz revelou que a BASF lançará até 2030 um total de 25 inovações, incluindo seis novos princípios ativos e seis novas características genéticas para sementes até 2030. Após essa data, há previsão de pelo menos outras sete inovações adicionais. Entre os novos produtos, foram indicados os herbicidas Tirexor, Surtain e Luximo; os fungicidas Pavecto e Revysol; os inseticidas Axalion e Prexio; e um bioinseticida.

Essas novidades contemplam todas as principais áreas de atuação da empresa, como proteção de cultivos, sementes e soluções digitais. As inovações serão focadas em sistemas de culturas específicos, como soja (milho e algodão, incluídos neste sistema), trigo (canola e girassol, incluídos neste sistema), frutas e vegetais, e arroz.

Outra novidade significativa será a expansão do portfólio de soluções digitais, com destaque para a plataforma Xavio. A BASF aposta em ferramentas como o Xavio Field Manager, que ajuda os agricultores a otimizar o plantio com base em dados de biomassa, e um modelo baseado em resultados, onde a empresa garante a sanidade das culturas usando predominantemente seus produtos.

Além disso, foi destacada a expansão da parceria com a Bosch no desenvolvimento de máquinas agrícolas inteligentes, que utilizam câmeras e sensores para aplicar defensivos agrícolas de maneira mais precisa, economizando insumos e preservando o meio ambiente.

Sustentabilidade e foco regional

Heinz também abordou os cinco principais pilares estratégicos da BASF, com destaque para a sustentabilidade. A empresa pretende dobrar sua participação no mercado de arroz até 2030, através de inovações que reduzem a necessidade de inundação das plantações, economizando água e aumentando a eficiência da produção.

Geograficamente, a BASF está focada em 15 países que representam 80% de seu mercado agrícola, com destaque para as Américas e Europa. Heinz enfatizou que a empresa irá otimizar ou até sair de mercados com menor potencial de crescimento.

Entre 2020 e 2023, a divisão agrícola da BASF gerou um EBITDA de € 1,8 bilhões. A meta é aumentar esse valor em até 40% até 2030. A empresa pretende alcançar uma margem EBITDA de 23%, superando a média do setor. Embora o primeiro semestre de 2024 tenha sido desafiador devido à desvalorização de herbicidas como glifosato e glufosinato amônio, Heinz destacou que o crescimento a longo prazo será impulsionado pela inovação e pela demanda crescente por soluções sustentáveis.