Bactéria do greening provoca alterações biológicas e comportamentais no psilídeo

Aumento no número de ovos, voos para dispersão mais frequentes e com maiores distâncias, além de mais atratividade ao hospedeiro, são algumas das mudanças observa­das no psilídeo contaminado

18.07.2024 | 15:44 (UTC -3)
Fundecitrus
Foto: arquivo/Fundecitrus
Foto: arquivo/Fundecitrus

Estudos recentes, incluindo um em parceria entre o Fundecitrus e a Universidade da Califórnia, revelaram que a bac­téria do greening (Candidatus Liberibacter asiaticus) provoca alterações fisiológicas no psilí­deo (Diaphorina citri), desafiando ainda mais o trabalho de manejo do inseto. Aumento no número de ovos, voos para dispersão mais frequentes e com maiores distâncias, além de mais atratividade ao hospedeiro, são algumas das mudanças observa­das no psilídeo contaminado.

Essas alterações comportamen­tais também dificultam o desen­volvimento de ferramentas para atrair o inseto (feromônio). “Fica cada vez mais claro que o psilídeo sofre diversas alterações, e isso traz não só dificuldades no manejo, mas deixa muito difícil a elabora­ção de produtos para capturá-lo”, diz o pesquisador do Fundecitrus Haroldo Volpe.

Publicado no final do ano passado, um importante artigo escrito por pesquisadores do Fundecitrus em parceria com o pesquisador Walter Leal, professor da Universidade da Califórnia (Davis/EUA), um dos principais nomes do mundo em ecologia química, trouxe os resultados do trabalho desafiador de produção industrial do feromônio do psilídeo descoberto por ele em 2017. O estudo concluiu que o psilídeo infectado precisa de uma dose 50 vezes maior de feromônio em relação ao sadio para ser atraído. Para o professor, esse é um inseto bastante complexo. “Posso dizer que tudo é difícil nesse inseto, com mais de quarenta anos trabalhando com feromônios, esse é o inseto mais complicado que já trabalhei”, revela Leal.

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