Embrapa realiza caravana de alerta a ameaças fitossanitárias
Autoridades e técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), o encontro vai reunir representantes do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) discutem em Porto Alegre, nesta segunda e na terça-feira, medidas para incrementar e modernizar a formação de profissionais para a aviação agrícola no Brasil. O encontro vai ocorrer na sede da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) no Estado (Avenida Loureiro da Silva, 515).
Conforme o chefe da Divisão de Mecanização e Aviação Agrícola (DMAA) do Mapa, Luís Gustavo Asp Pacheco, existe no Brasil um grande déficit de profissionais qualificados para operações aeroagrícolas, desde técnicos executores e coordenadores de aviação agrícola até pilotos. “Estimativas feitas em 2008 apontavam um déficit de cerca de 2 mil profissionais para atender à necessidade do setor agropecuário”, ressalta. Segundo Pacheco, para mudar essa perspectiva é necessário estreitar a relação entre os órgãos oficiais e iniciativa privada.
INICIATIVAS
Para o presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim, a qualificação tem sido uma das principais bandeiras da entidade. “A aviação agrícola é o setor com mais tecnologia de ponta, o que lhe dá alta precisão e eficácia. O que também faz dele a melhor opção quando o assunto é segurança operacional e ambiental”, assinala. Porém, esse avanço precisa ter a formação profissional caminhando no mesmo ritmo.
Atualmente, o Brasil tem a segunda maior frota mundial de aviação agrícola, com cerca de 1,8 mil aeronaves, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Anac. Dentro do País, a segunda maior frota está no Rio Grande do Sul (segundo dados de dez/2012 da Anac), com 397 aviões. Em primeiro vem o Mato Grosso, com 413 aparelhos e São Paulo está em terceiro, com 252 aeronaves.
FORMAÇÃO
Para se tornar piloto agrícola, o profissional precisa antes fazer o curso de piloto privado e em seguida tornar-se piloto comercial. Somente depois dessas etapas (e somando um mínimo de 370 horas de voo) pode matricular-se em um Curso de Piloto Agrícola (Cavag). No Brasil são quatro escolas de pilotagem habilitadas a formar profissionais para aviação agrícola. Duas delas no Rio Grande do Sul (Carazinho e Cachoeira do Sul).
Já quanto à empresa de aviação agrícola, para operar, além do piloto com formação especial ela precisa ter na equipe de terra, no mínimo, um engenheiro agrícola, um técnico agrícola com formação especial em operações aeroagrícolas e um responsável pela segurança operacional. Além de pulverização de lavouras, a aviação agrícola realiza também voos de combate a incêndios florestais, aplicação de fertilizantes e é usada inclusive no trato de florestas. E, em outros países, é utilizada também no combate a vetores, como o mosquito da dengue.
Conforme Nelson Paim, atualmente o Sindag é parceiro de outras iniciativas para qualificar o setor, como o programa de certificação desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Outro exemplo é o convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para avaliar os tipos de defensivos e técnicas de aplicação, buscando o modelo mais eficaz no combate às pragas, com menos produtos e menor risco para o meio ambiente.
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