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Com as chuvas deste início de ano favorecendo a ocorrência de cancro cítrico, uma outra praga que acomete os citros e tem relação com a doença também fica em evidência, o minador dos citros.
O minador é uma mariposa que, ao atacar as folhas novas das plantas de citros, prejudica o desenvolvimento de brotações e provoca redução na taxa de fotossíntese da planta.
A forma jovem do inseto, em fase de lagarta, forma galerias nos tecidos das folhas jovens – atingindo, eventualmente, também ramos e frutos –, inicialmente como pequenas linhas esbranquiçadas ou prateadas que, mais tarde, acompanhando o caminhamento da praga sobre a folha, tomam forma de ziguezague. Essas lesões provocadas nas folhas podem facilitar a penetração da bactéria causadora do cancro cítrico.
Os ferimentos causados pelo minador são mais facilmente infectados e permanecem predispostos à entrada da bactéria causadora do cancro cítrico por maior período do que ferimentos mecânicos causados pelo vento ou máquinas.
Isso faz com que, em pomares onde a doença está em expansão, os ferimentos causados pelo minador aumentem a probabilidade de surgimento de lesões de cancro cítrico em árvores mais distantes daquelas incialmente afetadas, de forma que a distribuição de árvores doentes no pomar se torne menos agregada.
Dessa forma, essa interação resulta em maior exposição da planta à infecção pelo cancro cítrico e ao aumento da área vegetal com lesões provocadas pela doença, que pode levar ao aumento da severidade e incidência de cancro no pomar.
A proteção de brotações durante a primavera e verão é fundamental para evitar a infestação dos pomares pelo minador dos citros. Um controle adequado do minador contribui para um manejo mais eficiente do cancro cítrico por meio de aplicações regulares de cobre.
O primeiro passo é conhecer a incidência da praga por meio da divisão e inspeção de talhões com, aproximadamente, duas mil plantas. Em cada talhão, deve ser feito o levantamento de plantas a partir da seleção aleatória de 1% das árvores, em formação ou em produção, que estejam em fase de vegetação. Em seguida, deve ser feita a inspeção de três a cinco ponteiros de ramos recém-brotados em cada planta, para identificação da presença ou não da praga – que estará presente quando há, na folha, pelo menos uma lagarta que esteja no primeiro ou segundo estágio de desenvolvimento.
O controle deve ser adotado quando há a presença de lagartas vivas no primeiro e segundo estágios na proporção de 10% de ramos, em pomares novos e 30% de ramos nos pomares adultos.
Nestes casos, o controle químico deve ser feito por meio de pulverizações com produtos à base de abamectina misturados com óleo mineral na concentração de 0,25%. É importante ter atenção às doses recomendadas na bula dos produtos, que podem variar de acordo com a concentração de ingrediente ativo nas diferentes formulações comerciais existentes – para que, assim, o controle seja feito de forma adequada e eficiente.
E se a propriedade estiver em região com incidência de cancro cítrico ou se o pomar teve registro da doença, o controle deve ser feito assim que a lagarta for detectada.
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