Clima beneficia plantio de milho e soja na safra 2009/10
O novo levantamento de intenção de confinamento feito pela Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) amplia a expectativa pelo aumento de preços do boi gordo, durante a entressafra que está começando.
“Os frigoríficos terão menos gado confinado para comprar nos próximos meses. Como têm contratos de exportação a cumprir, é possível que haja reflexo na cotação do boi gordo, saindo do patamar de estabilidade das últimas semanas”, ressalta Juan Lebron, diretor da Assoccon.
A expectativa da Assocon tem como base o 3º Levantamento Anual sobre Intenção de Confinamento para 2009, que revelou inversão nas projeções feitas para o confinamento este ano, com queda de 19,5% no rebanho confinado para 379.361 mil cabeças. A entidade ouviu 47 associados com confinamento em Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Bruno Andrade, zootecnista da Assocon e responsável técnico pelo levantamento, ressalta que nas duas primeiras pesquisas divulgadas em abril e julho, mesmo considerando as incertezas com relação ao preço futuro do boi gordo, os pecuaristas sinalizavam crescimento do confinamento em 2009. “Observava-se, na ocasião, pequena variação negativa no percentual do primeiro para o segundo levantamento, de 5,7% para 4,4%: redução de apenas 1,2%”, informa o zootecnista.
De acordo a nova pesquisa, somaram-se ao fator preço do boi gordo outros pontos que justificam a decisão de manter os animais no pasto ao invés de confinar. São eles: retirada do prêmio por qualidade oferecido pelos frigoríficos exportadores, que em alguns casos chegava a R$ 10,00 por arroba, e o prolongamento do período de chuvas em algumas regiões do País, que favoreceu a permanência do gado no campo.
Segundo Juan Lebrón, diretor executivo da Assocon, a expectativa a partir de agora recai sobre a segunda rodada do confinamento, que ao que tudo indica deve manter a mesma tendência do primeiro turno, com prevalência maior no volume de gado sendo terminado em regime de pasto. “O motivo não é novidade para mais ninguém”, destaca Lebrón que chama a atenção para a dificuldade de reação dos preços pagos pela arroba bovina no mercado interno e a demanda retraída nas exportações, como os fatores determinantes na decisão do pecuarista de não aumentar o confinamento acima daquilo que estava previsto no começo do ano, “salvo se o mercado ajudasse”, finalizar Lebrón.
Fonte: Texto Assessoria de Comunicações: Tel. (11) 2198-1888
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