Associação Mato-grossense dos Produtores do Algodão completa 18 anos

16.09.2015 | 20:59 (UTC -3)
Martha Baptista

"O ano era 1997, manhã de 16 de setembro. Vinte e nove pessoas se reuniram para 'criar uma associação, cuja finalidade, entre outras, é a de congregar os produtores de algodão do Estado de Mato Grosso, a fim de promover o incentivo da produção de algodão, disciplinar e difundir a atividade no Estado'" - o diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores do Algodão, Décio Tocantins, recorre a esse trecho da Ata de fundação da Ampa para marcar mais um aniversário da entidade, que, ao longo de 18 anos, tornou-se referência entre outras associações de produtores rurais em nível estadual e nacional.

A Ampa ajudou a fundar a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) em 1999 e contribuiu para mudar a história recente da cotonicultura no Brasil. O país passou de importador a exportador de pluma em 2001 e está hoje consolidado entre os cinco maiores produtores e exportadores de pluma, sendo que a fibra mato-grossense responde por 57% da produção e da exportação nacional.

"É inegável a contribuição dos produtores de Mato Grosso para essa posição de destaque do Brasil no ranking de produtores e exportadores de pluma. A união dos agricultores em torno da Ampa em busca de soluções para os problemas enfrentados foi o diferencial dessa virada", afirma o produtor Gustavo Piccoli, presidente da Ampa no biênio 2015/16.

Piccoli se refere a doenças e pragas, entre outras ameaças que levaram os associados da Ampa a buscarem novas tecnologias para garantir o futuro da cotonicultura no Cerrado, informações para lidar com o dia a dia nas fazendas e qualificação da mão de obra utilizada. Os desafios do campo levaram à criação do Instituto Algodão Social (IAS) há 10 anos (em setembro de 2005), do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) em 2007 e da Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio (Comdeagro).

"Novos desafios estão sempre surgindo para quem trabalha com uma cultura que tem custos elevadíssimos de produção e margens de renda apertadas, especialmente num cenário marcado por altos estoques mundiais de pluma e retração da indústria têxtil nacional", comenta Piccoli.

Para enfrentar esses desafios, segundo ele, a Ampa está sempre atuando em conjunto com a Abrapa, estaduais e outras entidades do setor produtivo e investindo – com apoio financeiro do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) – em projetos focados na melhoria da qualidade da pluma para garantir a posição já alcançada no mercado (nacional e internacional) e conquistar novos clientes. Nesse sentido, uma das grandes novidades é a inauguração no próximo dia 17, em Sorriso (cerca de 400 km ao norte do Cuiabá) do primeiro dos cinco Centros de Treinamento e Difusão Tecnológica que estão sendo construídos pela Ampa/IMAmt nos principais núcleos de produção algodoeira.

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