Assembleia Legislativa de MT homenageia 40 anos da Embrapa

19.06.2013 | 20:59 (UTC -3)
Gabriel Faria

Os 40 anos de serviços prestados pela Embrapa em prol da sociedade brasileira serão celebrados nesta quinta-feira (20), às 15h, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A homenagem será feita pelos deputados estaduais em uma sessão especial, que contará com a presença de autoridades convidadas e de representantes da Embrapa.

Na sessão solene, o diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto, representará o presidente da empresa, Maurício Antonio Lopes. Também participarão o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, João Flávio Veloso, e os chefes-adjuntos de Pesquisa e de Transferência de Tecnologia do Centro de Pesquisa recém instalado em Sinop/MT, Austeclínio Farias e Lineu Domit.

A Embrapa completou 40 anos no último mês de abril e ao longo deste período, com a ajuda de parceiros, desenvolveu pesquisas que ajudaram a viabilizar a produção agropecuária no cerrado. Com isto, contribuiu para o desenvolvimento de Mato Grosso e para transformá-lo em um dos principais estados produtores do país.

“O desenvolvimento de novas tecnologias e os avanços na pesquisa científica asseguraram a Mato Grosso a possibilidade de exercer sua vocação maior como celeiro do mundo na área de alimentos. A Embrapa ajudou a transformar Mato Grosso e o Brasil nesta potência agropecuária que são hoje”, afirma o deputado estadual José Riva (PSD), autor da proposta desta sessão especial.

Durante estes 40 anos, Mato Grosso saiu de uma condição em que a maior parte das terras eram consideradas improdutivas e se tornou o maior produtor de grãos brasileiros, com uma safra de quase 40 milhões de toneladas em 2012, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Mato Grosso lidera a produção nacional de soja, milho de 2ª safra, girassol e algodão, além de ter o maior rebanho bovino, com mais de 29 milhões de cabeças.

Esta transformação ocorreu graças às pesquisas agropecuárias desenvolvidas pela Embrapa, pelas universidades, pelas instituições estaduais de pesquisa e ao esforço da classe produtora. Os avanços tecnológicos possibilitaram a correção da acidez do solo e geraram cultivares adaptadas às condições tropicais. Além disso, melhorias das técnicas de plantio e de manejo aumentaram a produtividade e reduziram os custos de produção. Um exemplo importante é a fixação biológica de nitrogênio feita por bactérias na cultura da soja, tecnologia que resulta em economia de cerca de um bilhão de reais na compra de adubo nitrogenado para os agricultores brasileiros.

Desde sua criação, a Embrapa desenvolve pesquisas em Mato Grosso, seja por meio de Unidades de produto, como a Embrapa Soja, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Algodão e Embrapa Gado de Corte, ou pelas Unidades ecorregionais, como Embrapa Cerrados, Embrapa Agropecuária Oeste e Embrapa Pantanal. Desde 2012, com a inauguração da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), a empresa conta com um Centro de Pesquisa instalado no estado.

A Unidade foi criada pelo Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa) e desenvolve pesquisas para viabilizar sistemas de produção integrados entre lavoura, pecuária e floresta, contribuindo para o desenvolvimento da agropecuária de baixa emissão de carbono.

As pesquisas com agropecuária sustentável desenvolvidas na Embrapa Agrossilvipastoril ainda incluem projetos em fase inicial com sistemas agroflorestais (Safs); integração lavoura, pecuária e florestas; florestas plantadas; recuperação de pastagens degradadas; fixação biológica de nitrogênio em gramíneas; aproveitamento na agricultura de resíduos animais e vegetais; produção de capim elefante para fins energéticos; cultivo de dendê irrigado para produção de biodiesel; recursos hídricos; biocarvão; física, química e microbiologia de solos; emissões de gases de efeito estufa do solo para a atmosfera e pela pecuária; indicadores de sustentabilidade; entre outros.

A Unidade também desenvolve pesquisas com manutenção de recursos genéticos de espécies nativas como a castanha-do-brasil e estudos envolvendo o pau de balsa, árvore nativa da Amazônia Central, de rápido crescimento, e que possui grande potencial de utilização na produção de compensados e revestimentos.

Atualmente, 103 empregados desenvolvem atividades na Embrapa Agrossilvipastoril, sendo 42 deles pesquisadores. A Unidade conta com 24 laboratórios multiusuários nas áreas de sanidade animal e vegetal, fitoquímica, biologia molecular, solo, água, biomassa e sementes. O campo experimental tem cerca de 580 hectares.

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