Estratégia de precificação será um dos temas do II Congresso ANDAV
A Arvus, fabricante nacional de equipamentos para agricultura de precisão, está voltando suas atenções para o segmento sucroenergético, em plena expansão no país. Com o objetivo de oferecer maior controle das atividades e acompanhamento da produção, a empresa está lançando uma linha de computadores de bordo integrados ao sistema de piloto automático, voltada especialmente para os produtores de cana-de-açúcar.
A linha Titanium permite ao produtor gerenciar a produtividade da sua frota e de sua equipe, classificando os tempos de parada e integrando informações com o ERP do cliente. A Arvus inova ao unir o piloto automático - sistema que controla a trajetória de máquinas como tratores e colhedoras, aumentando sua produtividade e reduzindo falhas humanas que podem interferir na qualidade das operações - ao computador de bordo, duas tecnologias bastante utilizadas pelos produtores de cana, mas que, até então, não eram oferecidas de maneira integrada.
O computador de bordo, com monitor de 7 polegadas touch-screen, é de fácil uso e permite a leitura de dados captados por diversos tipos de sensores. Além disso, o produtor tem a possibilidade de montar uma central de monitoramento das operações agrícolas que reúne todas as informações de que ele precisa para gerenciar sua frota: onde estão os caminhões e tratores, qual setor da lavoura está rendendo mais - e tudo isso pode ser acompanhado pela internet.
A mecanização e a utilização de novas tecnologias no setor sucroenergético é o principal caminho encontrado pelos produtores de cana-de-açúcar para aumentar a produção das lavouras e o processamento da cana. Esse esforço é consequência de uma grande demanda do mercado pelos produtos derivados da cana-de-açúcar, especialmente o etanol combustível. Ele é apontado como uma alternativa importante aos combustíveis fósseis, que pode auxiliar os países europeus e os Estados Unidos a cumprirem suas ousadas metas de sustentabilidade.
O etanol de cana-de-açúcar é considerado o biocombustível mais avançado do mundo, e o produto brasileiro emite ainda menos gases causadores do efeito estufa (GEEs) do que o etanol produzido nos Estados Unidos, por exemplo. A agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency) divulgou estudos que mostram que o etanol do Brasil reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 61%, se comparado com a gasolina - mas esse número pode ser ainda maior: de acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o etanol de cana-de-açúcar brasileiro reduziria em até 90% as emissões de GEEs.
Embora a produção de etanol no Brasil tenha crescido 118% entre a safra de 2002 e a safra de 2008 e o processamento de cana tenha aumentado mais de 90% no mesmo período, o crescimento não acompanhou o aumento da demanda: as exportações anuais de etanol pelo Brasil cresceram 2.152% entre 2000 e 2008, chegando a um faturamento de 2,39 bilhões de dólares.
A UNICA estima que, para garantir a oferta de etanol até 2020, o Brasil precisa dobrar a produção cana.
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