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É no município de Sousa, no alto sertão da Paraíba, a 430 quilômetros a oeste de João Pessoa/PB, que o arroz-vermelho está ganhando força para conquistar o mundo.
A fazenda Mocó Agropecuária, instalada nos arredores do município, quer produzir o primeiro arroz-vermelho certificado do mundo, com o apoio da Embrapa Meio-Norte, e penetrar no concorrido mercado europeu como um produto exótico.
Este ano, a meta é ampliar o plantio para setenta hectares, em sistema de irrigação, com uma produtividade média superior a quatro toneladas por hectare. As cultivares plantadas são a MNAPB 0405 e a MNACH 0501. Em 2009, foram colhidos dez hectares, só para a produção de sementes. A produtividade média alcançou quatro toneladas por hectare.
O sistema de cultivo utilizado na fazenda é o biodinâmico, pioneiro na região. Segundo o gerente de produção da Mocó Agropecuária, engenheiro agrônomo Paulo Rogério Rodrigues, o sistema utiliza as práticas de cultivo orgânico e o uso das forças cósmicas – que consistem no manejo de plantas medicinais para facilitar a recepção dessas forças pelo conjunto solo-planta-homem.
Um dos destaques do sistema apontado por Paulo Rogério é o reaproveitamento de todo o material da fazenda. A água é rebombeada, a palha do arroz é fonte de carbono para o composto que adubará o próximo plantio, juntamente com o esterco dos ovinos produzidos na propriedade.
Na fazenda Mocó Agropecuária, uma propriedade com 300 hectares, o pesquisador José Almeida, da Embrapa Meio-Norte, mantém um experimento para avaliação de 15 variedades de arroz-vermelho. O estudo está gerando informações para o lançamento comercial de variedades nos próximos dois anos. O dono da fazenda é o advogado francês Pierri Landollt, de 63 anos, que mora no Brasil há 33. Ele é o pioneiro na produção de leite e queijo certificados no País.
Fernando Sinimbu
Embrapa Meio-Norte
(86) 3089-9118 /
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