IICA fortalece esforços para garantir a segurança alimentar
O foco do trabalho foi dirigido às ações de cooperação técnica que podem limitar as consequências da pandemia no setor agroalimentar e rural da América Latina e do Caribe
A área agrícola do Brasil cresceu 3,3% entre 2016 e 2018, como aponta o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, divulgado hoje (26) pelo IBGE, e disponível na Plataforma Geográfica Interativa. Desde o início da série histórica da pesquisa, em 2000, a área agrícola cresceu 44,8%, chegando a 664.784 km² em 2018, o equivalente a 7,6% do território nacional, considerando a parte terrestre e marítima do país.
Entre 2000 e 2012, cerca de 20% das novas áreas agrícolas vieram da conversão de pastagem com manejo, mas, a partir de 2012, esse número subiu para 53%. “De todas as mudanças de cobertura e uso que aconteceram de 2016 a 2018,16% delas foram conversão de pasto com manejo para área agrícola”, destaca o gerente de Recursos Naturais do IBGE, Fernando Peres, explicando que esse tipo de pastagem é caracterizado pela limpeza, adubação, aplicação de herbicidas e plantio.
Segundo o pesquisador do IBGE, a conversão de pastagem com manejo para área agrícola é um método habitual entre os produtores brasileiros. “Temos observado que a dinâmica de ocupação, tanto em áreas florestais como de cerrado, segue uma sequência. Primeiro vem a retirada da vegetação nativa, seguida da instalação de pastagens e, depois de alguns anos, a implantação de áreas agrícolas”, explica.
Entre as regiões que se destacam no crescimento de área agrícola estão o nordeste do Mato Grosso, as cidades de Santarém e Paragominas, no Pará, e Imperatriz, no Maranhão, todas regiões com aumento no plantio de soja, afirma Fernando.
A expansão agrícola, no entanto, apresentou um ritmo mais lento que o observado em levantamentos anteriores. O maior crescimento das áreas agrícolas foi verificado entre 2012 e 2014, quando subiu 7%, ao passo que o menor foi entre os anos de 2014 e 2016, com 3,1%.
O estudo também mostra que, em 18 anos, o Brasil perdeu 7,6% de sua vegetação florestal. A área, que era de 4.017.505 km² em 2000, passou a ser de 3.712.058 km² em 2018, equivalente a 42,4% do território. Já a vegetação campestre, que corresponde às áreas de Cerrado, de Caatinga e dos Pampas, perdeu 10,1% de sua área nesse mesmo período.
O Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra é o único estudo de geociências do IBGE que tem uma série histórica desde 2000, o que permite a observação da evolução e dos padrões de ocupação do território brasileiro. Ele tem o objetivo de espacializar e quantificar a cobertura da terra, em períodos regulares, a partir do mapeamento sistemático.
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