Aprovação da comercialização de nova soja transgênica pela União Europeia garante mercado aos produtores brasileiros

05.07.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

A aprovação da Comissão Europeia para a comercialização da nova tecnologia de soja transgênica que combina na mesma semente tolerância a herbicidas e resistência a insetos, no último dia 28 de junho, representa a abertura do mercado e aceitação dos benefícios e segurança das sementes geneticamente modificadas para o mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM).

A entidade comemora a abertura de novas portas para variedades de sementes de alta tecnologia, que trazem benefícios e tranquilidade aos produtores e, agora, a garantia de que poderão exportar também para a União Europeia o cereal produzido no Brasil a partir da nova semente. A Europa é o segundo principal destino das exportações brasileiras de soja, atrás apenas da China.

Segundo a ABRASEM, o marco regulatório brasileiro é um dos mais evoluídos do mundo com relação aos organismos geneticamente modificados, mas lamenta que o ritmo não seja o mesmo nos principais mercados de destino da produção nacional. “Hoje, as empresas investem cada vez mais em novas tecnologias para o mercado brasileiro. É preciso que os mercados que importam nossa produção agrícola também acompanhem esse movimento”, comenta o agricultor e presidente da ABRASEM, Narciso Barison Neto. Em relação à semente, ele também destaca que ela trará benefícios ambientais, pois reduzirá consideravelmente o uso de herbicidas pelos agricultores.

A nova soja, batizada comercialmente de Intacta RR2 Pro, foi aprovada para cultivo e comercialização no Brasil pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2010. Ela é a primeira variedade desenvolvida com genes combinados e especialmente para o Brasil, mesmo assim, para a ABRASEM, o seu uso vai se expandir para outros países, principalmente para o que fazem parte do Mercosul. A nova tecnologia ainda aguarda a aprovação para comercialização na China, que é o maior importador da soja brasileira. Em 2011, foram exportados 17,5 milhões de toneladas de soja para o mercado chinês.

Barison explica que a mesma aprovação ocorrida na Europa é esperada para outros países, como a China. “Mais do que garantir mercado aos produtores que optarem pela nova tecnologia, as aprovações de comercialização ajudam a aumentar as exportações brasileiras de commodities e, consequentemente, incrementar a renda do produtor, e ainda colaboram para um saldo positivo de nossa balança comercial, tornando o produtor brasileiro mais eficiente e competitivo”, avalia. Ele também defende a importância da sincronia regulatória de biotecnologia entre os principais países exportadores e importadores de grãos para que haja boa fluidez comercial entre os mercados.

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