Aprosoja propõe agilidade para mecanismos de sustentação dos preços de milho

05.07.2013 | 20:59 (UTC -3)
APROSOJA

O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, e produtores rurais de todas as regiões do estado participaram de uma reunião com o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), regional Mato Grosso, Ovidio Costa Miranda, para discutir medidas necessárias para escoar a produção do milho mato-grossense. Durante o debate os produtores questionaram os entraves em virtude da política nacional de certificação de armazéns e cobraram uma intervenção do governo federal para auxiliar no escoamento da safra de grãos.

Mato Grosso está prestes a colher mais de 17 milhões de toneladas de milho nesta safra, até o fim da semana passada cerca de 13% do cereal já foi colhido. O consumo interno do estado gira em torno de 3 milhões de toneladas e, por meio dos contratos de opção e Aquisição do Governo Federal (AGF), realizados pela CONAB nos últimos dias, devem ser adquiridos outros 3 milhões do cereal mato-grossense. Contando o que já foi comercializado para exportação, vão sobrar mais de 6 milhões de toneladas que ainda não têm destino certo.

De acordo com o delegado da Aprosoja em Vera, Rafael Bilibio, em poucos dias os armazéns da cidade já vão ultrapassar o limite de estocagem. “A nossa produção recorde vai ficar ao relento. Não dou mais que dez dias para que não haja um armazém sequer para receber nosso milho”, enfatizou Bilibio.

A reunião que foi realizada no prédio da Famato, na semana passada, tinha como objetivo inicial anunciar novidades quanto às outras modalidades de aquisição de milho pelo governo federal. De acordo com Carlos Fávaro, a ausência dos representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi motivada pela não aprovação do Ministério da Fazenda. “Estamos aguardando que o Ministério da Fazenda assine a portaria interministerial que autoriza a liberação de R$ 700 milhões para intervenções no estado”, declarou Fávaro.

Nos últimos dias a Aprosoja tem trabalhado para que a nova safra recorde do estado seja escoada por meio de leilões de prêmio que têm como objetivo equalizar os altos custos de escoamento. São eles: Prêmio para Equalização de Preços ao Produtor (Pepro) ou de subvenção ao frete (PEP). Fávaro sugere que a primeira modalidade a ser adotada seja o PEP. “Precisamos esvaziar nossos armazéns e o PEP é o meio mais rápido para essa saída”, alertou.

Os produtores também tecerem fortes críticas quanto à nova obrigação da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (SEFAZ-MT) para a arqueação dos armazéns do estado, ou seja, uma nova medição de capacidade que deve ser feita até o fim de julho. Caso a armazenadora não faça, a Inscrição Estadual será cancelada, ou seja, impossibilitará que receba produtos.

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