Apex-Brasil e Abiarroz assinam o primeiro convênio para a promoção comercial de arroz

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), em parceria com o Instituto Rio-Grandense do Arroz (IRGA), assinarão nesta terça-feira (22), em Cachoeira do Sul (RS), o convênio do Projeto Setorial para 2012/2013. A assinatura do convênio faz parte da programação do Seminário Apex-Brasil: Exportar é Inovar, que tem o objetivo de oferecer às empresas do setor informações sobre o trabalho de promoção de exportações realizado pela Apex-Brasil e sobre como os empresários podem ter acesso aos produtos e serviços oferecidos pela Agência.

Por meio do convênio, serão investidos R$ 2,6 milhões nas ações do Projeto (que contempla as parcerias Apex-Brasil/Abiarroz e Abiarroz/IRGA) com o objetivo de promover comercialmente o arroz e seus derivados no mercado internacional e de desenvolver a indústria do arroz. A solenidade de assinatura do convênio ocorrerá durante a abertura da 17ª Feira Nacional do Arroz (Fenarroz).

No convênio do Projeto Setorial entre Apex-Brasil e Abiarroz, serão investidos R$ 1,3 milhão com o objetivo de promover o arroz e seus derivados nos seguintes mercados-alvo (definidos no Planejamento Estratégico setorial desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil): África do Sul, Angola, Jordânia, Nigéria, Arábia Saudita, Espanha, Cuba e Chile.

As ações previstas incluem participação em feiras, missões e rodadas de negócios. Atualmente, participam do Projeto 46 empresas associadas à Abiarroz.

“A assinatura do convênio da Apex-Brasil com a Abiarroz faz parte da estratégia para o desenvolvimento da indústria brasileira do arroz”, explica o diretor de Negócios da Apex-Brasil, Rogério Bellini. “Essa estratégia contribuirá para o novo posicionamento do setor com produtos de maior valor agregado, fortalecendo a imagem do Brasil como um grande exportador de alimentos industrializados, deixando de ser apenas um fornecedor de commodities agrícolas para o mundo.”

A parceria específica entre a Abiarroz e o IRGA terá recursos da ordem de R$ 1,3 milhão para promover o desenvolvimento da indústria do arroz. Os recursos serão aplicados em ações de capacitação empresarial e de certificações internacionais, beneficiando o parque tecnológico de produção de arroz, que se concentra principalmente nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

De acordo com o presidente da Abiarroz, André Barbosa Barreto, a entidade tem o desafio de consolidar e ampliar novas parcerias visando ao desenvolvimento do setor. “A relevância do Projeto com a Apex-Brasil para o setor orizícola nacional está na oportunidade de consolidação do país como polo exportador de arroz e, em decorrência disso, no aumento das exportações, na diversificação de produtos exportados e na pluralidade de mercados de destino”, explica.

Esse é o primeiro convênio de Projeto Setorial firmado entre a Apex-Brasil e a Abiarroz. A Agência, no entanto, já desenvolveu uma parceria com a entidade no ano passado, por meio de um convênio específico para a realização do Planejamento Estratégico do setor e do Projeto Comprador.

Dados da Abiarroz indicam que o Brasil promoveu rapidamente uma mudança significativa no seu parque tecnológico orizícola, adequando-o às novas necessidades do mercado internacional, o que contribuiu para a manutenção das exportações em níveis relativamente elevados, mesmo após a crise de 2008.

Na safra 2010/11, o país obteve um recorde de exportações na ordem de 2,089 milhões de toneladas de arroz (base casca). Nos dois primeiros meses de comercialização da safra 2011/12 (março e abril), já foram exportadas 340 mil toneladas de arroz (base casca).

Para o presidente da Abiarroz, já existe uma consciência na cadeia orizícola de que o país precisa construir uma plataforma de exportação de arroz. “A parceria com a Apex-Brasil é fundamental para alavancar o país no contexto da exportação de arroz”, explica. “Os projetos de desenvolvimento de imagem setorial, o estudo da conjuntura comercial mundial e a própria definição dos mercados potenciais para a exportação do arroz são absolutamente determinantes para a conquista de novos mercados, bem como para a consolidação dos mercados já cativados”.