Agricultura Sustentável e os novos rumos da indústria de insumos é tema de workshop
Com bons preços e mercado atrativo para a indústria devido à redução da produção de citros em São Paulo, os citricultores gaúchos participam, nesta quarta e quinta-feira (23 e 24), da 19ª edição do Ciclo de Palestras sobre Citricultura do Rio Grande do Sul. O evento deve reunir mais de 500 pessoas, entre produtores, pesquisadores e extensionistas no auditório da Prefeitura de Arvorezinha.
A programação será aberta na manhã do dia 23 com uma visita técnica a pomares do município. As palestras abordarão diversos temas como o panorama da citricultura no Rio Grande do Sul e no Vale do Rio Taquari, as ações da Câmara Setorial de Citricultura, o manejo da cobertura do solo em pomar citrícola, a nutrição e a adubação das laranjeiras, as variedades, o Banco Ativo de Germoplasma, a gestão da propriedade citrícola, as tendências de mercado, etc. Também será apresentada a experiência da cooperativa Ecocitros no que diz respeito à comercialização.
O Ciclo de Palestras é um evento itinerante, permitindo a participação e o contato dos produtores com os pesquisadores. Segundo seus organizadores, o evento tem continuidade devido ao seu caráter de integração entre todos os envolvidos na cadeia produtiva da citricultura. Este ano o município de Arvorezinha foi escolhido por estar na região do Alto Taquari, uma área em que a citricultura começou a despontar há 10 anos.
No Rio Grande do Sul, a produção de citros ocupa uma área de, aproximadamente, 28 mil hectares, e uma produção de 450 mil toneladas de laranjas, bergamotas e limão. Na região do Vale do Caí, maior produtora de citros do Rio Grande do Sul e onde a safra está no início, aos poucos vem aumentando o volume de frutas colhidas e colocadas no mercado. Segundo dados divulgados na última semana no Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, a colheita da bergamota satsuma está praticamente encerrada, enquanto que as variedades de bergamotas-caí e ponkan têm maior volume em colheita, chegando a 5% das frutas dessas variedades colhidas. Entre as laranjas, prossegue em bom ritmo a colheita das variedades céu precoce, umbigo-baía e shamouti. Os citricultores também se dedicam a retirada da lima ácida da variedade tahiti, que têm floração e produção o ano todo.
Além da colheita, outras práticas culturais são realizadas nos pomares nesta época, como o raleio da bergamota verde do grupo das comuns e o tratamento para o controle do ataque da mosca-das-frutas nos cultivares precoces de bergamota e laranja. A prática do raleio encaminha-se para o final, restando ainda 10% na variedade montenegrina, a mais tardia entre as variedades de bergamotas.
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