ANVISA aprova produto técnico sedaxane, da Syngenta

Fungicida para tratamento de sementes possui registro para várias culturas no exterior, como soja e trigo

16.01.2023 | 11:23 (UTC -3)
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A ANVISA aprovou a avaliação toxicológica do produto técnico sedaxane, da Syngenta. Trata-se de fungicida utilizado em tratamento de sementes em diversas culturas, como soja e trigo; e já registrado nos Estados Unidos e em países da Europa.

Essa avaliação é parte do procedimento legal para registro de pesticidas no Brasil, cuja análise decorre de apreciações do IBAMA, da ANVISA e do Ministério da Agricultura.

O sedaxane possui nome comercial Vibrance no exterior. No Brasil, a Syngenta pediu registro da marca em 2010. Após indeferimento inicial, por supostamente causar confusão com outra marca, houve recurso administrativo e registro.

Em termos de modo de ação, o sedaxane inibe a respiração através da ligação ao complexo succinato desidrogenase na mitocôndria fúngica. Seu espectro de atividade abrange fungos de sementes como Ustilago nuda, Tilletia caries, Monographella nivalis e Pyrenophora graminea. Também Rhizoctonia solani, R. cerealis e Typhula incarnata.

Sobre o princípio ativo, a avaliação da agência de proteção ambiental dos Estados Unidos (EPA) aponta que o "ingrediente ativo é persistente". Ele "só é suscetível a degradação via metabolismo aeróbico do solo [meia-vida de laboratório 296-400 (solo) dias com base em cinética de primeira ordem única] e fotólise (meia-vida de laboratório de 46 dias para fotólise aquosa e 253 dias para fotólise do solo)".

Além disso, "espera-se que o sedaxane seja moderadamente móvel (KF médio de 7,3 L/kg-solo) no solo". Ele também "pode mover-se lentamente para as águas subterrâneas por lixiviação". Quando atinge um ambiente aquático, rapidamente se separa dos sedimentos.

A Syngenta informa que produtos com sedaxane estão aprovados para uso em países como, por exemplo, Argentina, Austrália, Canadá, China, França, Hungria, Itália, Polônia, Rússia, Suécia, Uruguai e Estados Unidos.

Obviamente, o produto ainda deve ser aprovado pelo Ministério da Agricultura para comercialização no Brasil -- o que deve ocorrer em breve.

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