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No dia 22 de junho de 1990 era fundada a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia. O objetivo era reunir esforços para lutar pelos interesses e necessidades dos agricultores do oeste baiano. Na época, eram 16 agricultores. O Oeste cultivava cerca de 500 mil hectares. Hoje, a associação representa 1300 agricultores e o número de hectares cultivados passou para 2,36 milhões. Completando 25 anos, a Aiba traça novas diretrizes e vê na união das entidades do agronegócio da região oeste, o caminho para um desenvolvimento sólido e estruturado.
Em seu segundo mandato, o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato (foto), explica de que maneira estas parcerias estão sendo estabelecidas e a importância delas para o agronegócio baiano.
É de fundamental importância. Nós estamos trabalhando juntos, dividindo as tarefas para que consigamos sucesso naquilo que estamos fazendo que é defender os interesses do o agricultor do oeste baiano. Para isso, estamos orientando para que ele esteja legalizado nos aspectos trabalhista e ambiental, buscando melhoria da tecnologia e redução de custos das fazendas. São várias frentes de trabalho que temos tido nesta divisão de tarefas, dentro da atuação de cada uma das entidades, e os resultados disso estão começando a aparecer.
Exatamente. Na verdade é a ajuda mútua e a divisão de tarefas, que é um processo praticamente automático. Existe uma sinergia entre elas e um apoio mútuo quando se faz necessário. Isso está sendo de fundamental importância e os frutos estão começando a aparecer, cada dia mais.
No começo a Aiba foi fundada somente por irrigantes e era onde podíamos nos organizar, principalmente por conta das outorgas de água que, no primeiro momento, nós imaginamos que seria um entrave, um problema se fazer agricultura irrigada. Mas ao longo do tempo nós entendemos que isso era necessário principalmente na manutenção de nossos rios para que nós jamais corrêssemos o risco deles virem a secar. Isso seria um prejuízo enorme para os agricultores que tem seus sistemas de irrigação que são muito caros. Com isso, houve uma aproximação maior do governo do Estado, principalmente das secretarias de Meio Ambiente (Sema), Agricultura (Seagri), Infraestrutura (Seinfra) e Fazenda (Sefaz), e nós começamos a construir juntos esses 127 mil hectares irrigados de hoje. Depois disso, a associação foi aberta para os demais produtores, ganhando força e representatividades. 25 anos depois, a Aiba é uma associação que responde por quase 4% de tudo o que é produzido de grãos e fibras no país, possui 1300 associados, tem 2,36 milhões de hectares representados, e assumiu uma excelente representatividade entre os governos municipal, estadual e federal, ampliando a comunicação e a reciprocidade. Hoje temos ações em conjunto com esses governos, quer seja na parte ambiental, social, tecnológica ou de infraestrutura e isso tem se mostrado de grande valia com excelentes resultados. Este é o caminho a ser seguido!
Com certeza. Ao longo dos anos ela foi conquistando isso. É uma associação de pessoas que possuem integridade e responsabilidade com a região e isso é percebido pelos governos.
O agronegócio e os agricultores. O que está acontecendo hoje é que o agricultor entendeu sua responsabilidade social e ambiental para com a região onde ele vive. Ele está doando parte disso, tá doando recursos voluntariamente para que as coisas aconteçam, melhorando a vida de milhares de pessoas, preparando para o futuro e para o mercado de trabalho. Isso se reflete no bem estar social. Quanto ao meio ambiente, tem as ações que temos feito com o PrevFogo onde o agricultor, voluntariamente, doa suas máquinas e cede seus funcionários que fazem treinamento de brigadistas. Esse trabalho é feito juntamente com as secretarias municiais de Meio Ambiente e o Inema. Isso tem tido um resultado muito interessante.
Repito que a Aiba tem o papel de ser o grande canal de comunicação entre os agricultores do oeste e os governos, sejam eles quais forem; levando projetos, soluções e até participando das ações. As pessoas às vezes se enganam por achar que a associação tem um cunho político, mas a associação e a política não podem ocupar o mesmo espaço porque entre os nossos 1300 associados, existem pessoas que possuem seus candidatos e partidos diferentes. O voto é um direito dele, que não pode ser influenciado pela associação, e muito menos, a diretoria desta associação assumir compromisso com qualquer candidato ou partido político para ter benefícios eleitorais passageiros. Da mesma forma, as diretorias não podem tentar ou querer se beneficiar da associação para seus interesses políticos. Isso não cabe e não deve existir dentro da associação.
Eu diria que nós somos vencedores, somos vitoriosos. Seria muito bom que ela chegasse aos 50 anos servindo a nossos filhos e netos da mesma forma que tem cuidado de nossos interesses. Mas para que isso aconteça, os produtores precisam participar mais da Aiba e entender melhor o trabalho que ela tem feito ao longo desses 25 anos. Eles precisam estar mais presentes e apoiar nossas ações. Se não estivermos unidos, se ficarmos lutando sozinhos, não vamos conseguir resolver os problemas que nos afligem e que surgem praticamente o tempo todo, sejam eles de ordem ambiental, trabalhista ou de infraestrutura. Somente com a união e com a participação efetiva de nossos associados é que vamos nos tornar cada vez maiores e melhores para enfrentar o futuro.
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