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Apesar da redução das exportações de arroz no mês de junho terem apresentado significativa redução, fechando em cerca de 50 mil toneladas, principalmente pela queda dos embarques de arroz em casca, que já voltaram a acontecer em julho, na avaliação do setor arrozeiro, o mês apresenta resultado positivo, entre exportações e importações, de mais de dez mil toneladas. Assim, de março a junho de 2015, o saldo positivo da balança do arroz é de aproximadamente 224.265 toneladas, comparada às 381.249 toneladas obtidas em todo o ano safra de 2014.
Segundo o vice-presidente de Mercado, Política Agrícola e Armazenagem da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Daire Coutinho, isto dá uma média mensal 80% superior ao ano passado, o que projetaria, mantida a média até agora obtida, em um saldo superior a 670 mil toneladas, o que é considerado um número histórico.
O dirigente lembra que outro fator importante é o volume de importações do mês de junho, o menor dos últimos quatro anos e praticamente um terço das importações de junho de 2014, o que confirma uma tendência em 2015, onde de março a junho as importações são praticamente 50% inferiores aquelas do ano passado. "Esses resultados animam a Federarroz a seguir perseguindo os caminhos para exportação do arroz gaúcho", salienta.
Coutinho observa que já existe uma reação no mercado do arroz com a virada para o segundo semestre e a entrada dos novos custeios para a safra. Com isso, os produtores estão retendo o produto e retirando a oferta em massa que estava derrubando as cotações. "Os números estão demonstrando que o mercado está voltando ao normal. A falta de recursos nos atrapalhou no primeiro semestre, mas agora com o retorno dos custeios, a oferta volta a recuar para um patamar suportável para o mercado", ressalta.
Outro fator que vem sendo observado pelos arrozeiros gaúchos é a quebra de safra na Ásia, especialmente na Tailândia, onde já se estima uma redução de 14% na colheita e os estoques excedentes, uma parcela superior a um milhão de toneladas, serão leiloados para outros fins, como ração animal e etanol. O país sofre com os efeitos do El Niño, que na região provocam a seca. Com isso, a perspectiva é de que o Brasil deverá ampliar espaços no mercado internacional.
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