Agrodefesa ajuda Mundo Novo a buscar reconhecimento para exportação de melancia

A questão principal relaciona-se ao cumprimento do levantamento fitossanitário da praga "Anastrepha grandis" em cultivos de melancia

28.08.2023 | 09:12 (UTC -3)
Cultivar, com informações Agrodefesa
Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae) - Foto: Paulo Lanzetta
Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae) - Foto: Paulo Lanzetta

Mundo Novo, município goiano, busca de reconhecimento para exportar melancias com ajuda da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). Goiás ocupa o terceiro lugar entre os maiores produtores de melancia no Brasil e o oitavo em exportação. A supervisão visa auditar o cumprimento do levantamento fitossanitário da praga Anastrepha grandis (Diptera: Tephritidae) em cultivos de melancia, buscando a inclusão no Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para possibilitar a exportação de frutos frescos de cucurbitáceas para países com restrições quarentenárias.

Atualmente, 16 municípios goianos já têm permissão para exportar a fruta. A Radiografia do Agro em Goiás aponta que Goiás ocupa a terceira posição entre os maiores produtores de melancia no país e o oitavo em exportações.

A ação realizada pela Agrodefesa consiste em supervisionar propriedade rural em Mundo Novo onde é feito um levantamento fitossanitário da praga Anastrepha grandis em cultivos de melancia. O principal objetivo é garantir que o município cumpra os requisitos necessários para o reconhecimento no SMR, permitindo assim a exportação de frutos frescos de cucurbitáceas, como melão, melancia e abóbora, para países que possuem restrições quarentenárias relacionadas à praga. A obtenção desse reconhecimento significaria a dispensa de medidas fitossanitárias adicionais.

Daniela Rézio, gerente de sanidade vegetal da Agrodefesa, destaca que o processo de reconhecimento para novos municípios requer a realização de levantamentos fitossanitários em cultivos de cucurbitáceas durante um período mínimo e contínuo de seis meses. Esses levantamentos devem ser conduzidos por um responsável técnico (RT) habilitado pela Agrodefesa. Após esse período, os dados são compilados em um projeto e enviados ao Ministério da Agricultura (Mapa) para solicitar o reconhecimento oficial no SMR.

A supervisão em Mundo Novo foi conduzida por Mário Sérgio de Oliveira, coordenador do Programa de Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para Cucurbitáceas da Agrodefesa. A propriedade em questão está sob monitoramento de Ênio Gomes Gontijo Júnior, responsável técnico (RT) habilitado pela Agrodefesa, com fiscalização de Thiago de Freitas Barbalho, fiscal estadual agropecuário.

O estado de Goiás já conta com o reconhecimento oficial de 16 municípios aptos à exportação de melancias e outros produtos similares. No entanto, além de Mundo Novo, o município de Jussara também está em processo de reconhecimento durante este ano.

A produção de melancia é importante para Goiás. O estado é o terceiro maior produtor da fruta no país, ficando atrás apenas de Rio Grande do Norte e São Paulo. A Radiografia do Agro em Goiás, uma publicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), revela que mais de 227 mil toneladas de melancias são produzidas anualmente em Goiás, ocupando uma área de quase 5,5 mil hectares. A produtividade média é de 41,3 toneladas por hectare. Entre os maiores produtores de melancia em Goiás estão Uruana, Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Itaberaí, Jaraguá, Rio Verde, Rianápolis, Itapaci, Itaguari e Santa Helena de Goiás. Quanto à exportação, o estado registrou cerca de 2,3 mil toneladas de melancia exportadas em 2021, totalizando um valor de US$ 108,1 mil.

José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, enfatiza o compromisso do Governo de Goiás em fortalecer a cadeia produtiva da fruticultura no estado por meio de políticas públicas e programas diversos. Ele ressalta a importância dessa iniciativa para a economia dos municípios, geração de emprego e renda. Ramos destaca que medidas fitossanitárias adequadas contribuem para a sanidade vegetal e defesa agropecuária em Goiás, resultando em maior produção, competitividade e qualidade dos produtos agrícolas.

A praga foi objeto de artigo publicado na Revista Cultivar: "Riscos e prejuízos causados pelo ataque da mosca-das-cucurbitáceas".

Fiscais da Agrodefesa - Foto: Agrodefesa
Fiscais da Agrodefesa - Foto: Agrodefesa

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