Produtores rurais estão livres do registro do licenciamento anual de máquinas
Com muitos números positivos, o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado ressaltou que em 50 anos a produção de grãos do Brasil cresceu três vezes em área e dez vezes em volume. "Isso se deve também ao trabalho dos Engenheiros Agrônomos", elogiou. A palestra aconteceu nesta quinta-feira (21), durante o Congresso de Agronomia que acontece até o próximo dia 22, no Centro de Eventos Pantanal.
Com o título: Agricultura de base empresarial numa visão de consumo e geração de emprego e renda – em segurança alimentar e nutricional, Rui enfatizou que nos últimos 30 anos, o Brasil passou de importador para exportador. As exportações quadruplicaram e o agronegócio se tornou responsável por 39% do total dos envios nacionais.
"O que garante o superávit da balança comercial brasileira é justamente o saldo do agronegócio que é de 79,4 bilhões", destaca Rui. Mesmo assim, somente 50% da soja produzida no Brasil é exportada. O restante é processado para ser consumida como, entre outros, óleo de cozinha e frango, já que boa parte da nutrição desta ave é de farelo de soja.
Para Rui, o agronegócio é um dos setores que mais emprega. "Entre 2006 e 2012 houve um aumento de 16% nas vagas ofertadas. A cada dois empregos gerados na produção de soja, por exemplo, um emprego indireto é gerado e mais oito também são criados por indução do consumo das famílias". Atualmente, o setor gera cerca de 5,2 milhões de oportunidades de trabalho.
Com um olhar otimista para o futuro, o presidente do Sistema Famato/Senar explica que em 2012 a área plantada era de 52 milhões de hectares. Esse número chegará a 61 milhões de hectare em 2022. Com esse crescimento haverá também um aumento na geração de emprego. "A expectativa é que a agricultura cresça 44% e a pecuária 14%".
Rui Prado também falou sobre a logística e ressaltou que com a conclusão da BR 163, rodovia que cortará Mato Grosso de leste a oeste e a implantação de hidrovias ficará mais fácil escoar a produção. Consequentemente, o produto mato-grossense ficará mais competitivo.
A qualificação de mão de obra também preocupa o presidente. "Precisamos de mais gente qualificada, pessoas que saibam fazer o trabalho no campo", enfatizou. Ele contou ainda que este ano, em Gaúcha do Norte, houve áreas que ficaram sem produzir por falta de pessoas especializadas para operar as máquinas e implementos agrícolas. "Nossa meta é qualificar um milhão de trabalhadores até 2020 com os treinamentos oferecidos pelo Senar-MT em parceria com os sindicato rurais".
Rui ainda falou da carga tributária e da escolaridade do trabalhador rural. Produto Interno Bruto, preço da cesta básica e consumo também foram assuntos da palestra.
Todos os treinamentos oferecidos pelo Senar-MT são gratuitos. A programação pode ser acessada no site do Senar-MT (www.senarmt.org.br), entretanto pode sofrer alterações conforme necessidade do parceiro, por isso o interessado deve procurar o sindicato rural de seu município para confirmar o evento e se inscrever.
A instituição oferece treinamentos gratuitos que atendem as necessidades das 14 principais cadeias produtivas do Estado. Além disso, mantém 17 programas especiais. O Senar está no Twitter e no Facebook. Siga @senar_mt e curta a Fan Page (www.facebook.com/SenarMt) da instituição de ensino rural que está presente em todos os municípios de Mato Grosso, atuando em parceria com os 87 sindicatos rurais. Faz parte do Sistema Famato, assim como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA-MT).
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