Produtores enfrentarão clima quente e seco no inverno de 2025, prevê Inmet
Boletim do instituto indica temperaturas acima da média e chuvas irregulares nas principais regiões agrícolas do país
O aumento das temperaturas e a intensificação de eventos climáticos extremos já afetam diretamente a agricultura. Produtores enfrentam queda na produtividade, perda de qualidade e danos crescentes nas lavouras. A resposta a esse cenário estará em destaque na Agritechnica 2025, de 9 a 15 de novembro, em Hanover, Alemanha. O evento reunirá soluções técnicas e debates sobre como adaptar o setor às novas condições climáticas.
Tempestades, secas prolongadas, calor intenso e enchentes impõem novos desafios à gestão agrícola. A produção torna-se menos previsível. A margem de erro diminui. Por isso, a busca por ferramentas que aumentem a resiliência das lavouras é prioridade. Fabricantes de máquinas, pesquisadores e agricultores apresentarão na feira tecnologias em digitalização e agricultura inteligente que prometem ajudar nesse caminho.
Entre os temas centrais, o manejo do solo e a gestão da água ganham destaque. A adoção de práticas como o plantio direto ou mínimo revolvimento do solo pode melhorar a retenção de umidade. Técnicas regenerativas, como a cobertura permanente do solo com plantas de cobertura ou palhada, também contribuem para evitar a erosão provocada por chuvas intensas. Essas medidas melhoram a saúde do solo e sua capacidade de enfrentar a escassez hídrica.
A irrigação eficiente aparece como outro pilar essencial. Tecnologias que utilizam menos água tornam-se ainda mais importantes diante de restrições legais e quotas de uso que já foram excedidas em anos secos. A obtenção de licenças para captação e o uso racional dos recursos hídricos passam a exigir mais planejamento e inovação.
Outro avanço apresentado será a semeadura de precisão em culturas como cereais e canola. A distribuição individualizada de sementes reduz a competição entre plantas, melhora o desenvolvimento radicular e eleva a tolerância ao estresse hídrico. Menos plantas por metro quadrado significam também menor consumo de água.
Não existe solução única. As estratégias devem considerar as características regionais. Algumas propriedades já adaptaram suas práticas. Outras avaliam mudanças. O sucesso da adaptação depende da capacidade de ajustar várias “alavancas” – desde o manejo do solo até o melhoramento genético de plantas.
Na Agritechnica 2025, os visitantes poderão conhecer práticas e tecnologias voltadas para a rotação de culturas e conservação do solo. No Hall 24, o destaque será o espaço “Soil Health”, coordenado pela Sociedade de Plantio Direto (GKB), que trará soluções práticas para o agricultor.
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