IHARA lança maturador para cana-de-açúcar na região de Araçatuba/SP
Na fazenda Rio de Ondas, na região de Ponto Chique, município de Muniz Ferreira, Antônio Bráulio Ribeiro, 58 anos, conhecido como “seu Bau”, e a esposa, Olga Barreto Ribeiro, mãe de quatro filhos, todos criados e já independentes, amanhecem o dia cuidando da roça, com mais de 30 tarefas de terra, onde têm uma área de aproximadamente 10 tarefas em Sistema Agroflorestal (SAF), e ainda criam porcos, galinha caipira e 35 cabeças de gado de leite.
Hoje, produzindo polpas de fruta, bolos e doces variados, o casal, que já fornece a sua produção para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Governo Federal, quer aumentar a sua produção e ampliar o mercado de vendas, alcançando os comércios local e regional, para trazer os filhos, que estão na cidade, de volta para trabalhar com eles na produção familiar.
Para isso, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), que presta Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) ao agricultor, e disponibilizou a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) - através da qual seu Bau pode comercializar a produção junto ao Pnae -, foi acionada para que ele também consiga o Selo da Agricultura Familiar, outro instrumento necessário para a comercialização dos seus produtos. “O selo proporciona vantagens como a isenção de alguns impostos e a garantia de qualidade de produtos diferenciados da agricultura familiar, os alimentos orgânicos, sem adição de agrotóxico”, comentou o chefe do Escritório Local da EBDA, em Nazaré, Manoel Brito, que assiste o município.
“Tenho comercializado um pouco através da Cooperativa dos Pequenos Produtores Rurais e Trabalhadores Autônomos na Agropecuária (Cootrata), da qual sou associado, mas o certo mesmo é ter o meu próprio selo”, disse seu Bau. Com as frutas colhidas no SAF a família produz biscoitos, polpas, bolos, doces e licores que além de comercializados junto ao Pnae, em Nazaré, também abastece restaurantes, lanchonetes e casas de família.
São mais de 30 variedades de frutas, e ainda legumes, hortaliças e raízes plantadas na propriedade, dentre elas: cacau, abacaxi, goiaba, banana, maracujá, coco, açaí, manga, cupuaçu, graviola, acerola, mamão, abacate, cajarana, cajá, laranja, limão, tangerina, jenipapo, seriguela, cana, tamarindo, melancia, carambola, jambo e outras frutas, e ainda batata-doce, canela, cravo, jiló, maxixe, tomate e pimentão, aipim, chuchu, milho e feijão, dentre os muitos produtos disponíveis para as iguarias de dona Olga, que prepara tudo em sua cozinha, artesanalmente.
“A plantação é toda dentro dos princípios agroecológicos, respeitando a diversidade de culturas, de forma sustentável”, garantiu a técnica em agropecuária, Elijalma Castro Barbosa, que presta Ater à fazenda, através de um convênio de parceria entre a EBDA e a prefeitura de Muniz Ferreira. Elijalma informou que o agricultor, além de receptivo a novas tecnologias, como a fabricação e uso de compostagem, usando material orgânico disponível na fazenda, respeita a fauna e a flora da fazenda.
Quando se fala sobre o papel da EBDA na propriedade, seu Bau exclama prontamente: “Oxente, sem a EBDA aqui eu não seria nada; eu e meus filhos estamos aguardando agora o Selo da Agricultura Familiar, que a EBDA está ajudando para conseguir, para trabalharmos mais e vendermos melhor no comércio”.
Segundo Manoel Brito, a propriedade é autossustentável e a produção é usada na alimentação da família e o excedente é comercializado. “O trabalho desenvolvido nesta propriedade encontra um agricultor diferenciado que mantém sua fazenda agroecologicamente correta, é receptivo às inovações tecnológicas e à informação, buscando a sustentabilidade”, comentou o agrônomo Manoel Brito, que garantiu o envolvimento de quase toda a família no processo produtivo, do plantio à comercialização.
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