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“O aquecimento global é um desafio enorme para todo o planeta. E a consequência disso é que as condições de produção serão cada vez mais desafiadoras”. A declaração de Luís Roberto Pogetti, chairman da Copersucar, durante o Agribusiness Summit, nesta quarta, dia 08, vão ao encontro do apelo mundial por mais consciência nas escolhas dos produtos e serviços.
Por trás dessa bandeira, inevitavelmente, será importante focar em inovação. Pogetti acrescenta que, em 10 a 15 anos, será possível dobrar a produção na agricultura usando a mesma área da atualidade, desde que avanços tecnológicos sejam pensados.
Segundo ele, num primeiro momento os custos serão maiores, mas depois, essa lógica se inverte. “O setor será mais produtivo e no longo prazo isso representa ganhos de produtividade, alinhamento com o mercado e oportunidade de crescimento da atividade agrícola”, declara.
Junto com Pogetti, o presidente do Conselho de Administração da Copercana, Antônio Eduardo Tonielo, também debateu como a mudança na produção pode influenciar em hábitos de consumo, durante o evento on-line organizado pela Fenasucro & Agrocana TRENDS.
Para ele, o produtor é o mais interessado em resolver essa questão. “Ele é muito preocupado com o meio ambiente, é o que mais conserva, o que mais se preocupa com as nascentes e sabe a importância da sustentabilidade”, destaca.
E como os conceitos estão em constante atualização, a sustentabilidade se fortalece com a agenda ESG, que foca em pilares como Social, Ambiental e Governança, ecoando melhor entre os potenciais consumidores.
Por isso, o segundo painel do Agribusiness Summit abordou como as boas práticas de produção devem se refletir num consumo mais consciente.
Os convidados Gonçalo Pereira (Unicamp), Paulo Artaxo (USP) e Almir Torcato (Canaoeste) enumeraram diversos motivos para que as empresas alinhem suas práticas ao que o consumidor espera, melhorando a sincronia.
Paulo Artaxo, que em 2007 foi agraciado com o prêmio Nobel da Paz, ao lado do político americano Al Gore, avalia que os acordos climáticos globais deveriam nortear os países. Com isso, todos poderiam se beneficiar. “O Brasil tem que retomar o desenvolvimento com base nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU e, assim, vamos trabalhar para uma nação mais sustentável, tanto no agronegócio quanto globalmente em relação às mudanças climáticas”, pondera. Ele citou, ainda, a necessidade de zerar o desmatamento da Amazônia, reduzir as emissões de metano e se tornar neutro em carbono em 2050.
E nesse sentido o representante da Canaoeste lembrou que nem mesmo a queima controlada é usual em canaviais, pensando no menor impacto ao meio ambiente. “Estamos sempre em evolução, por isso temos que orientar toda a cadeia, de produtores a colhedores de cana”, define Torcato.
Por fim, Gonçalo Pereira, professor da Unicamp, reforça que a proteção da natureza depende do agronegócio, que tem a missão de adotar uma política cada vez mais sustentável. “No futuro o principal produto vai ser o crédito de carbono. Por isso, precisamos investir em energia limpa para ser o primeiro país carbononegativo do mundo”, pontua.
Toda programação do Agribusiness Summit, dos dias 07 e 08 de junho, foi mediada pelo diretor da Fenasucro & Agrocana, Paulo Montabone, e pode ser acessada pela plataforma Trends 2.0 no site.
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