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A agroenergia e a política florestal no RS foram os temas debatidos durante a 12ª Expoagro Afubra 2012, em dois encontros estaduais realizados em parceria com a Emater/RS-Ascar e conduzidos pelo diretor administrativo Valdir Pedro Zonin. Na quarta-feira (21/3), Zonin abriu o 1º Fórum Estadual de Agroenergia, que reuniu os especialistas Dilson Bisognin (UFSM), José Francisco Rangel, da Agência de Desenvolvimento de São Borja, Luiz Antonio Rocha Barcellos, da Emater/RS-Ascar, e Sérgio dos Anjos, da Embrapa.
O Fórum foi promovido também pela Câmara Temática da Agroenergia/Seapa, BSBios/Petrobrás, Fetag e Afubra. Os debatedores apontaram culturas como a batata-doce, mandioca, arroz e a cana-de-açúcar como alternativas para a produção de etanol no RS.
O assistente técnico do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Luiz Antonio Rocha Barcellos, apresentou o painel sobre as culturas energéticas para a produção de álcool cultivadas na região. “Há trabalhos em parceria com a Embrapa em áreas demonstrativas instaladas em alguns municípios, de 23 novas variedades de cana-de-açúcar”, explica Barcellos. “Também observamos quatro variedades de batata-doce para a produção de álcool e consumo na propriedade e variedades da mandioca”, completa Barcellos.
De acordo com o técnico, os agricultores fazem uma avaliação importante dessas lavouras, dizendo quais são as que se adaptam melhor aos municípios e como se comportam para o consumo humano. “O agricultor quer associar. Ele não quer apenas uma cultura para a produção de energia (álcool ou biodiesel), mas também que sirva para consumo animal e humano. Deseja ainda que entre no ciclo de rotação de culturas da propriedade rural”, afirma.
O diretor administrativo da Emater/RS, Valdir Zonin, diz que, nos últimos dois anos, a agroenergia avançou no Estado. “Uma série de incentivos estão em andamento, o que favorece ações estaduais nessa área. Nesse sentido, sugiro a ideia da criação de um Programa Estadual da Agroenergia para incentivar outras atividades que também precisam de espaço, como, por exemplo, o etanol”, afirma Zonin. “É importante que o consumidor gaúcho consiga acessar nos postos de combustível um preço melhor para o etanol”, completa o diretor da Emater/RS. Para Zonin, um Programa Estadual vai apoiar mais essas ações. “Para produzir mais etanol a partir da cana-de-açúcar, da batata-doce, da mandioca, do sorgo, do arroz, evoluindo para uma série de alternativas que já foram pesquisadas pela Embrapa e Fepagro e divulgadas pela Emater e pelas iniciativas públicas e privadas. Temos tudo para avançar da mesma forma no biogás”, afirma Zonin.
O 1º Fórum Florestal Estadual, realizado na tarde desta quinta-feira (22/03) em parceria com a Câmara Temática das Florestas Plantadas/Seapa, Defap/Sema, Fetag/RS, e Famurs, abordou os temas da política florestal estadual com Roberto Ferron, da Sema, a adequação das propriedades sob o novo Código Florestal com Alexandre Scheifler, da Fetag/RS, a indústria de base florestal – potencialidades e limitações, com Rafael Ferreira, da Fiergs e a experiência agrosilvipastoril com Gilmar Deponti, da Emater/RS-Ascar.
Em seguida, Gilmar Deponti, da Emater/RS-Ascar, ressaltou a relação entre pecuária familiar, expressiva no Rio Grande do Sul, e sua relação com o plantio de florestas. De acordo com Deponti, o sistema silvipastoril abre novas oportunidades ao produtor e, como consequência, aumenta a renda. Nesse contexto é preciso pensar em um arranjo espacial para que haja o plantio de pasto em toda rotação da floresta.
Além dos benefícios para o produtor, o solo apresenta aumento de matéria orgânica, diminui a necessidade de adubação, entre muitos outros aspectos. “Ao unir floresta e pecuária, as expectativas são muitas: alongamento no ciclo do pasto no verão, permanência de pasto verde mesmo nas pequenas estiagens, mais conforto e pasto tenro para os animais, melhora do ambiente para espécies mais exigentes, mitigação da emissão de gás metano”, afirma Deponti.
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