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Amplamente pesquisada nas lavouras de milho e algodão na safra de verão em andamento (2020-21), a associação entre baculovírus e inseticidas com ação de choque tem se mostrado favorável ao produtor no controle da lagarta Spodoptera frugiperda. Conforme um dos estudos, liderado pela companhia australo-americana AgBiTech, com a participação de pesquisadores independentes, esse tratamento reduziu entre 60% e 70% os danos foliares transferidos pela lagarta ao milho, por exemplo.
“Vírus favorecem o controle e contribuem na preservação da produtividade, mesmo diante de populações de Spodoptera frugiperda cada vez mais resistentes a inseticidas químicos. Vale lembrar também que, nos dias de hoje, há poucas alternativas economicamente viáveis para o agricultor controlar essa praga”, ressalta a entomologista da Fundação Chapadão (MS), Suélen Moreira.
Suélen revela que em uma ‘área-testemunha’ de algodão, acompanhada pela Fundação Chapadão, a associação de baculovírus ao inseticida de choque metomil viabilizou produção da ordem de 5 toneladas da pluma por hectare.
Para o pesquisador da consultoria de Mato Grosso do Sul Desafios Agro, Germison Tomquelski, o manejo ancorado na associação de bioinsenticida a inseticida químico com ação de choque tem demonstrado resposta rápida sobre a Spodoptera frugiperda. “Observamos ainda um período de controle mais prolongado, entre sete dias e dez dias, em relação a outros métodos.”
Gerente de pesquisa e desenvolvimento da AgBiTech, o engenheiro agrônomo Marcelo Lima destaca que o método de controle da Spodoptera frugiperda recomendado pela empresa eleva a eficácia agronômica e favorece a relação custo-benefício do produtor de milho e algodão. Conforme Lima, no algodão, por exemplo, o tratamento resultou na preservação do potencial produtivo da cultura, ao proteger, com eficiência, às estruturas reprodutivas das plantas.
Lima acrescenta que a Spodoptera frugiperda constitui hoje o principal desafio do produtor de milho e algodão para produzir mais e melhor. De acordo com o agrônomo, o produto que vem sendo empregado em associação aos inseticidas químicos de choque é o bioinseticida Cartugen. “Trata-se de um defensivo agrícola cem por cento biológico, que funciona como um agente ‘protetor’, ao assegurar a eficácia do manejo de resistência de pragas a ingredientes ativos químicos.”
Para o agrônomo da AgBiTech, Cartugen se converteu numa nova ferramenta estratégica do produtor para lagartas como a Spodoptera frugiperda, entre outras, “pois não há nos dias de hoje novas moléculas químicas disponíveis, nem mesmo no longo prazo, voltadas ao controle de lagartas, ao passo que aumentam, a cada safra, populações resistentes dessas pragas aos inseticidas tradicionais”, conclui Marcelo Lima.
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