ADM anuncia resultados financeiros do segundo trimestre de 2025

Esmagamento e vendas de oleaginosas foram impactados por demanda fraca e incertezas em biocombustíveis

05.08.2025 | 11:26 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da ADM

A Archer Daniels Midland (ADM) divulgou nesta terça-feira (5/8) seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, com lucro líquido de US$ 219 milhões no período. O valor representa uma queda expressiva na comparação anual, influenciada principalmente pelo desempenho mais fraco no segmento de oleaginosas e pelas incertezas nas políticas globais de biocombustíveis.

O lucro por ação (EPS) ajustado ficou em US$ 0,93, retração de 10% em relação ao segundo trimestre de 2024. Já o lucro por ação com base nos princípios contábeis GAAP foi de US$ 0,45, queda de 54%. A receita operacional consolidada por segmento somou US$ 830 milhões no trimestre, 10% abaixo do registrado um ano antes.

Segundo a companhia, o ambiente desafiador, marcado por demanda mais fraca e incertezas regulatórias, afetou especialmente o desempenho em Agronegócio e Oleaginosas (AS&O). O lucro operacional do segmento caiu 17% no trimestre, para US$ 379 milhões. A ADM destacou a redução nas margens de esmagamento, atribuída à menor demanda por óleo vegetal e à indefinição sobre as obrigações de volume de biocombustíveis, tanto nos Estados Unidos quanto em mercados internacionais.

Apesar dos desafios, a companhia projeta uma recuperação no quarto trimestre, quando espera maior clareza sobre as políticas de biocombustíveis. A previsão de lucro ajustado por ação para o ano foi mantida em cerca de US$ 4,00.

"No segundo trimestre, a ADM continuou a progredir em melhorias operacionais, gerando economia de custos por meio de realinhamentos direcionados e avançando em nosso pipeline de oportunidades de simplificação de portfólio, ao mesmo tempo em que continuamos nossa abordagem disciplinada à alocação de capital”, afirmou o presidente do conselho e CEO, Juan Luciano.

Desempenho por segmentos

No segmento de Soluções de Carboidratos, o lucro operacional foi de US$ 337 milhões, recuo de 6%. A companhia citou menores volumes e margens em amidos e adoçantes, especialmente na Europa, por conta de custos elevados de milho e questões de qualidade do grão.

Já o segmento de Nutrição apresentou crescimento de 5% no lucro operacional, totalizando US$ 114 milhões. Houve melhora em Aromas e na divisão de Nutrição Animal, enquanto Ingredientes Especiais e Saúde & Bem-Estar tiveram retração de margens.

No acumulado do ano, o lucro antes dos impostos foi de US$ 632 milhões, com queda de 57% frente ao mesmo período de 2024. O lucro por ação ajustado somou US$ 1,63 no primeiro semestre.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025