Abisolo anuncia parceria com a Secretaria da Agricultura de SP

15.04.2015 | 20:59 (UTC -3)

Durante a abertura do VI Fórum e Exposição Abisolo, nesta quarta (15), em Ribeirão Preto/SP, foi assinado um protocolo de intenções entre a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), promotora dos eventos, e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. O objetivo do protocolo é integrar as indústrias do segmento de nutrição vegetal com os vários institutos de pesquisas do Estado, assim como orientar as extensões rurais na divulgação de novas práticas, insumos e produtos.

“Queremos estabelecer uma parceria com a Abisolo no sentido de difundir ao máximo o conhecimento. Para tanto, estamos colocando à disposição das indústrias do segmento o acervo de dados dos nossos institutos, de forma a estimular a inovação e o desenvolvimento de novos produtos”, disse o secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim, na solenidade de assinatura, feita em conjunto com o presidente da Abisolo, Clorialdo Roberto Levrero.

Em seu discurso, Levrero enfatizou a importância da realização dos dois eventos, destacando que ele reúne um público seleto e diversificado, responsável pela tomada de decisões e de ações que influenciam a entidade em diferentes esferas. “Tudo isso para levarmos ao campo as melhores tecnologias para melhorar o resultado técnico e econômico do produtor rural. Com isso, ajudamos a construir as boas práticas agrícolas sustentáveis”, enfatizou o presidente da Abisolo.

Ao final da solenidade de abertura do VI Fórum e Exposição Abisolo, que deve reunir 1.500 participantes nos dois dias de realização, foi feito ainda o lançamento do livro Adubação Foliar – Fundamentos Científicos e Técnicas de Campo, que teve tradução do professor Arnaldo Antonio Rodella. Em seguida, o diretor técnico de Fertilizantes Orgânicos, Condicionadores de Solo e Substrato para Plantas da Abisolo, Gean Carlos Silva Matias, apresentou uma pesquisa que traça um perfil das empresas do setor. A principal constatação do estudo foi o de que o setor é formado por empresas com larga experiência no ramo, uma vez que, no caso de organominerais, por exemplo, 31% das indústrias operam já há mais de 20 anos.

Já a palestra inaugural do Fórum, denominada Produtividade e Crescimento da Produção Agrícola: Limites e Desafios, proferida por Evaristo Miranda, da Embrapa, foi tratado do desafio do agronegócio brasileiro em conciliar a necessidade de aumento da produção de grãos com as contínuas restrições ao aumento da área plantada. “Só para se ter uma ideia, considerando unidades de conservação, reservas indígenas e quilombolas, entre outras restrições ao uso agrícola, o país tem 35,7% de seu território impossibilitados de ser usados pela agricultura”, revela Miranda, revelando ainda que o país tem convivido com uma redução de 2 milhões de hectares de terras agriculturáveis por ano.

Para reverter essa situação, ele entende que teremos de intensificar o uso de nutrição vegetal para alavancar a produtividade, assim como elevar em muito a irrigação. “Nosso percentual de irrigação é irrisório”, avaliou Miranda. O especialista da Embrapa criticou também o excesso de área protegida que o país tem. Lembrou, por exemplo que a média mundial de áreas protegidas no mundo, considerando apenas os países com mais de 2 milhões de hectares de área, é de 9%, contra 29% do Brasil.

Na sequência da palestra de Miranda, o professor Carlos Alberto Silva, da Universidade Federal de Lavras (UFLA) falou sobre o tema Café de Alta Produtividade: Solo e Fertilizantes Especiais. “A elevação da produtividade do café no Brasil depende da boa gestão das lavouras. E boa gestão envolve nada menos do que 52 fatores que, combinados, eleva a produtividade da produção de café”, lembrou o palestrante. Segundo sua análise, a produtividade do café no Brasil tem registrado forte crescimento: de um patamar de 10 sacas por hectare, em 2000, o produtor brasileiro saltou para uma média de 22 sacas na safra passada.

Ainda segundo o palestrante, o produtor de café já assimilou, historicamente, a necessidade de adubar sua lavoura. “Prova disso é que, em média, a cultura do café demanda cerca de 251 quilos de fertilizantes, considerando todas as formulações, enquanto a média das demais culturas é de apenas 130 kg”, exemplifica Silva. Salienta, por fim, que no caso do café, há um espaço interessante para o segmento de nutrição vegetal representada pela Abisolo.

EVENTOS DE REFERÊNCIA - Além das palestras do VI Fórum, o evento da Abisolo, em Ribeirão Preto, também reúne as mais importantes empresas voltadas para a nutrição vegetal na 2ª Exposição Nacional e Internacional da Indústria de Tecnologia em Nutrição Vegetal. Ambas a iniciativas já consolidaram como referência e são considerados os maiores da indústria de nutrição vegetal na América Latina.

Além de propiciar a realização de negócios, a feira é uma grande oportunidade para que os profissionais da cadeia de nutrição vegetal se atualizem sobre as novidades e também reforcem o network com parceiros, fornecedores e clientes.

Tanto a Feira, quanto o Fórum prosseguem nesta quinta (16), no Centro de Eventos Pereira Alvim, em Ribeirão Preto/SP.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025