Abertura oficial da Fenasucro 2013 traz boas notícias para o setor

28.08.2013 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Com a presença de importantes lideranças da indústria paulista foi aberta nesta terça-feira, 27, a 21ª edição da Fenasucro – Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, maior evento mundial do setor sucroenergético. Para o presidente da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, presente à cerimônia, as usinas e toda a cadeia produtiva são prioritárias para o desenvolvimento brasileiro. A realização da Fenasucro acontece em um momento muito importante para os produtores de açúcar e etanol, com a aprovação da MP 613 pela Câmara dos Deputados, que desonera impostos e facilita a concessão de crédito ao setor.

Em seu discurso, o presidente da Fiesp também alertou sobre o perigo que o País corre por não olhar com maior atenção para o setor sucroenergético. “É fundamental que os empresários tenham seus investimentos compensados. A falta de uma política clara para o setor pode custar muito caro, como voltar a importar gasolina daqui a alguns anos”.

Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do CEISE-Br - Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis, ressaltou aos presentes como a Fiesp tem ajudado o setor na qualificação da mão de obra.“Foram investidos mais de R$ 40 milhões para que o SENAI tenha uma usina modelo, em Sertãozinho (SP). O projeto, único no mundo, vai capacitar os futuros profissionais da indústria que queiram atuar no mercado sucroalcooleiro. Hoje as pessoas são treinadas dentro das empresas e agora sim teremos um sistema ideal”, disse Tonielo.

Segundo dados da UNICA - União da Indústria de Cana-de-Açúcar , o volume produzido de etanol, deverá atingir 25,37 bilhões de litros, expressiva alta de 18,77% quando comparado à produção da última safra, de 21,36 bilhões de litros. Eduardo Leão, diretor executivo da empresa, afirmou aos empresários presentes à FENASUCRO que esses números sustentam o desejo do setor de que “o etanol volte a ter 50% de participação nos carros flex”. “Precisamos de uma política que reconheça as externalidades positivas desse combustível, que é fonte limpa e renovável de energia”, concluiu Leão.

Um ponto ressaltado por todos é a necessidade de lutar para que o etanol seja reconhecido como matriz energética do Brasil. “Não podemos abrir mão disso”, corroborou José Veloso, presidente executivo da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, que garante que isto não ocorre apenas por uma decisão política.

“A nova Fenasucro contempla o pensamento de mudança do setor e, por isso, desejamos que este encontro proporcione as decisões necessárias para atender a todos”, disse Valter Almussa, vice-prefeito de Sertãozinho. De acordo com dados da prefeitura, a feira impacta positivamente na economia da região de Sertãozinho, maior polo sucroenergético do Brasil, que deve movimentar aproximadamente R$ 21 milhões com o evento, além de gerar 14 mil empregos diretos e indiretos.

A expectativa da Reed Multiplus é que a FENSUCRO gere R$ 2,2 bilhões em volume de negócios. São 550 expositores, entre eles empresas da Alemanha, França, Estados Unidos, Espanha e Índia, que devem atrair cerca de 35 mil visitantes, de 20 estados brasileiros e 40 países ao Centro de Eventos Zanini.“Esta edição baterá todos os recordes”, afirmou Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado.

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