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Para contribuir para a melhoria da eficiência no manejo da mancha da ramulária neste início da safra, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) está apoiando o desenvolvimento do Projeto Monitora Oeste, desenvolvido pela Embrapa e Fundação Bahia. Nesta primeira etapa foram distribuídos coletores de esporos em 16 áreas estratégicas em propriedades de algodão do Oeste da Bahia. O objetivo é detectar a presença do patógeno causador da doença no ambiente antes da sua ocorrência. Com previsão de ocupar uma área de 315 mil hectares, a nova safra de algodão na Bahia teve início em dezembro e a data limite da semeadura é até o dia 10 de fevereiro.
“A ramulária do algodão é provocada pela presença de um fungo disseminado pelo vento. Caso este método funcione adequadamente, a principal vantagem é a identificação e a confirmação da presença do patógeno no ambiente de forma precoce, antes do desenvolvimento dos primeiros sintomas da doença, que pode provocar a desfolha, induzir a abertura precoce dos capulhos e implicar na perda de produtividade e na qualidade da fibra”, explica o pesquisador da Embrapa, Fabiano Perina.
A detecção da doença nos estádios iniciais exige a realização de monitoramento periódico nas áreas de algodão com vistas a identificar a presença de sintomas e de estruturas dos fungos causadores dessas doenças, por meio da coleta e análise de folhas. “Este trabalho vem sendo desenvolvido pelos técnicos do programa fitossanitário da Abapa nas áreas de algodão, o monitoramento da doença e do patógeno é de suma importância e exige a identificação correta e precisa, por pessoas treinadas, seguindo critérios técnicos, para assegurar maior eficiência do controle da doença no campo”, explica o coordenador do programa fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo.
Caso seja atrelado a um sistema de aviso ou alertas, o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, acredita que este programa vai beneficiar diretamente os produtores de algodão reduzindo as perdas de produtividade e garantindo maior qualidade da fibra, possibilitando maior rentabilidade para os produtores. “Será também fundamental para a tomada de decisão ligada ao combate do fungo na lavoura possibilitando o melhor uso das técnicas e de defensivos agrícolas para evitar a proliferação da mancha da ramulária na lavoura”, afirma. Financiando pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e Prodeagro, o projeto Monitora Oeste também conta com o apoio dos técnicos do programa fitossanitário da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) para o monitoramento da Ferrugem Asiática.
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