Domingos Martins/ES vai ter treinamento em Defensivos Agrícolas
Organizado pela pesquisadora Arlene Maria Gomes Oliveira, da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas/BA), acontece nesta quarta-feira (30/09), um de campo sobre a variedade de abacaxi Imperial, na Fazenda Guarany, em Porto Seguro/BA.
O evento ocorre das 9h às 15h. “O objetivo é divulgar a variedade de abacaxi Imperial e possibilitar o acesso aos agricultores do Extremo Sul da Bahia a novas tecnologias de produção, visando ao desenvolvimento de sistemas agrícolas mais equilibrados e economicamente viáveis”, explica Arlene Gomes. Áreas de produção do Imperial já podem ser encontradas em Eunápolis e Porto Seguro.
Ministrado por pesquisadores da Embrapa, o dia de campo vai abordar a identificação e o controle da doença fúngica fusariose (com o fitopatologista Davi Theodoro Junghans), uma apresentação da variedade de abacaxi Imperial (com o melhorista José Renato Santos Cabral) e informações sobre a obtenção de mudas utilizando a planta para multiplicação (com Arlene Gomes).
Fusariose
A fusariose é a principal doença da cultura do abacaxi, causada pelo fungo Fusarium subglutinans, e pode gerar perdas superiores a 80% da produção. Seu controle requer a integração de práticas culturais e a aplicação de defensivos químicos, mas a utilização de cultivares resistentes à fusariose, como o Imperial, é uma alternativa viável para o produtor.
“Ao eliminar de quatro a seis pulverizações com fungicidas para o controle preventivo da doença, o custo de produção é reduzido. Assim, o Imperial pode contribuir para o aumento da produtividade”, explica José Renato Cabral, responsável pela geração da variedade.
Resistente à fusariose, a cultivar Imperial foi desenvolvida pela Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical durante 20 anos e recomenda em 2003. Dentre suas características, destaca-se a ausência de espinhos nas folhas, o que facilita a colheita e o armazenamento dos frutos.
De casca de cor amarela na maturação, o Imperial pesa em torno de 1,6 kg (incluindo a coroa). Sua polpa é amarela, com elevado teor de açúcares (sólidos solúveis totais variando de 14 a 18º Brix), acidez moderada (em torno de 6,5% de ácido cítrico) e excelente sabor.
Devido às suas características sensoriais e físico-químicas, os frutos podem ser destinados para o mercado de consumo in natura e para industrialização.
Apoio
Realizado na Fazenda de Aart, em Sapirara (Trancoso), o dia de campo é uma atividade do projeto “Difusão da cultivar de abacaxi Imperial, resistente à fusariose, na Bahia”, coordenado por José Renato Cabral, e tem apoio da Comissão Executiva de Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Secretaria de Agricultura e Pesca de Porto Seguro, Sindicato de Produtores Rurais e Banco do Nordeste (BNB).
Na terça-feira, 29, dia de campo com o mesmo tema aconteceu na Fazenda Dois Amigos (Eunápolis), com o apoio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Ceplac e BNB.
Léa Cunha
Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
(75) 3312-8076 /
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