Plantio direto alia produção com preservação do solo

25.07.2013 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Ao acabar a colheita do milho safrinha, plantio intercalado com a safra de soja, é hora de deixar o solo descansar. Tempo de incorporar a palhada que sobrou da lavoura anterior e esperar a próxima chuva para um novo plantio. É assim que agem os agricultores adeptos do sistema de plantio direto. Eles conhecem a importância do programa, que faz parte do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que prevê, através de processo tecnológico, a manutenção permanente da cobertura do solo, diversificação de espécies e diminuição do intervalo de tempo entre colheita e semeadura. Tudo isso com o intuito de reduzir os impactos ambientais.

Em uma propriedade do município de Porto Nacional, onde há cultivo de soja voltado à pesquisa de melhoramento genético, o sistema de plantio direto também é usado, bem com o convencional, contou o agrônomo Rafael Finholdt. “Entendemos que a técnica é importante não só para os pequenos produtores, mas também para as grandes propriedades”, falou, acrescentando dentre as vantagens a maior retenção de umidade, “devido à existência de palha cobrindo o solo, há melhor retenção de umidade havendo maiores rendimentos em anos secos”.

O agrônomo da Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária (Seagro) Anderson Pereira explica que o plantio direto pode acontecer também com outras culturas, além da soja e do milho, bastando para isso que o solo apresente as condições apropriadas. “O produtor irá fazer uma análise e verificar se não está compactado e não precisa de correção, se estiver tudo certo então ele pode plantar diretamente”, disse.

Sistema

Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a técnica consiste na semeadura diretamente na palhada da cultura anterior, ou seja, sem revolver as camadas do solo com arados e grades. O revolvimento do solo ocorre apenas na cova ou sulco de semeadura ou plantio. Nesse sentido, é fundamental o uso de modelos de produção diversificados com rotação, consorciação ou sucessão de culturas, além de plantas de cobertura com adequada produção de palhada. Com a cobertura de solo favorecida, reduz-se processos de erosão eólica e hídrica.

O Sistema Plantio Direto requer uma série de processos tecnológicos, que vão além do ato de semear sem revolver o solo. Para que esse sistema seja sustentável, é fundamental um bom manejo do solo associado às práticas conservacionistas de caráter mecânico, como cultivo em contorno e terraços, que visam não apenas o controle da erosão, mas, principalmente, a conservação da água, diminuindo seu escorrimento superficial e favorecendo sua infiltração no solo e abastecimento dos lençóis freáticos. Dessa forma, o Sistema Plantio Direto proporciona impactos positivos em atributos químicos, físicos e biológicos do solo, contribuindo para a redução dos processos de degradação do solo, da água e da atmosfera.

Além do Plantio Direto na Palha, o Programa ABC também incentiva iniciativas relacionadas à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Fixação Biológica de Nitrogênio, recuperação de áreas degradadas, plantio de florestas e tratamento de resíduos animais.

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