Momento é de atenção nas propriedades rurais de Mato Grosso

13.12.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

O já elevado custo de produção pode ficar ainda maior para o produtor ao lidar com pragas, doenças e plantas daninhas. E é nesse ponto que as ações de monitoramento e orientação técnica profissional fazem a exata diferença.

Os dados levantados pela quinta edição do Circuito Tecnológico mostram que a necessidade do uso de inseticidas para o combate das pragas é uma preocupação, tanto pelas aparições generalizadas da Helicoverpa ssp., como por outras pragas que já são velhas conhecidas dos produtores. Nos questionários, a Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includes) aparece em 73% das menções, os percevejos em 53%, a Helicoverpa ssp. em 45%, a lagarta do gênero Spodoptera em 26%, a Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) em 9%, e outras pragas são mencionadas em 42% das entrevistas.

A elevação no preço dos defensivos é de 22%, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), somando um custo aos produtores de R$ 419,53 por hectare. Esse valor pode sofrer alterações ainda maiores no decorrer da safra, em ocasião da ocorrência da lagarta Helicoverpa spp. que pode gerar uma possível elevação nas aplicações específicas para esta praga.

Segundo Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato grosso (Aprosoja), considerando que duas aplicações seriam avaliadas como normais para lagarta, não haveria alterações no custo de produção, já a partir da terceira aplicação, feita especificamente para Helicoverpa spp., o produtor estaria elevando em média 1,2% seu custo de produção por aplicação. “O produtor precisa monitorar a sua lavoura e ter o acompanhamento de um técnico, para que haja um bom controle de pragas e para que não ocorra um desequilíbrio nutricional, e com isso, o custo de produção tenha elevação maior.”

Os dados do Circuito Tecnológico também mostram a preocupação com doenças na soja. A Ferrugem Asiática aparece em 86% das propriedades visitadas como a principal doença, seguida pela Antracnose com 69%. Com os recentes diagnósticos de ferrugem em várias localidades do estado, a orientação é para que o produtor fique atento e monitore as lavouras, evitando assim as perdas econômicas geradas pela queda no rendimento de grãos.

Por se tratar de uma ferramenta eficaz, outro fator que eleva os custos com defensivos agrícolas é a realização do controle químico como manejo contra as plantas daninhas. Esse manejo é utilizado por 95% dos produtores, contra 13% de uso da rotação de cultura. As principais daninhas que assolam os produtores são a Corda-de-Viola (39%), Picão-preto (29%), Leiteiro (26%) e a Buva (16%).

Dados do Circuito Tecnológico – Obtidos através de visitas e questionários, durante o período de plantio (14 a 26 de outubro de 2013), as informações coletadas auxiliaram a entidade a avaliar os mais diversos fatores de produção envolvidos, diagnosticando os gargalos existentes no campo, oferecendo opções que venham a contribuir e auxiliar o produtor.

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