Canal do Panamá será importante via de acesso dos produtos brasileiros ao mercado asiático, diz presidente da CNA

03.04.2014 | 20:59 (UTC -3)

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse, nesta quarta-feira (2/4), que o novo Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, será uma importante via de acesso dos produtos do agronegócio brasileiro ao mercado asiático. Ao diminuir a distância que separa o Brasil do nosso maior parceiro comercial – a China –, reduzindo o tempo de viagem, o novo canal dará mais competitividade às exportações brasileiras.

A senadora foi uma das conferencistas da edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, que acontece na Cidade do Panamá (Panamá). Ela está no país para uma agenda que inclui, além da participação no fórum, uma visita ao canal, que completa 100 anos de existência em 2014 e passa por um processo de ampliação para comportar a passagem de navios maiores.

“Teremos que passar por esse novo canal, que será uma nova via para os produtos brasileiros, em um ambiente mais competitivo, e com quatro dias a menos para chegar aos portos da Europa”, disse a senadora. Ela ressaltou, no entanto, que, para o Brasil ter a competividade desejada, é preciso investir no corredor do Arco Norte, que engloba os portos e hidrovias nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Pelos portos do Arco Norte, explicou, o caminho de escoamento da produção agropecuária brasileira será mais curto, via Canal do Panamá, rumo ao continente asiático. Ela destacou, ainda, os avanços na questão da logística e da infraestrutura no Brasil. Citou a nova legislação portuária e os editais de concessão para a construção de novas rodovias e ferrovias que irão deslocar o escoamento da produção agrícola, descongestionando os portos do Sul e Sudeste.

“Agora, nós temos as condições e a segurança jurídica necessárias para que os empresários possam investir na construção e instalação de novos terminais portuários e estamos muito otimistas quanto a formação de Parcerias Público-Privadas para estradas, ferrovia e hidrovias”, enfatizou.

Meio ambiente – A presidente da CNA também reiterou que o Brasil tem uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e reforçou a proposta para que outros países sigam o exemplo brasileiro de preservação das matas ciliares. Referiu-se às Áreas de Preservação Permanente (APPs), situadas às margens dos rios e nascentes que passam pelas propriedades rurais, com o objetivo de preservar a qualidade da água. “Isso deveria ser um exemplo mundial. Atacar esses espaços é crime ambiental”, alertou.

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