Vazio sanitário da soja vai de 1º de julho a 30 de setembro no Tocantins

Durante o período, é proibido a manutenção de plantas vivas de soja no campo

28.06.2024 | 16:35 (UTC -3)
Dinalva Martins, edição Revista Cultivar
Foto: Keven Lopes
Foto: Keven Lopes

A partir de 1º de julho e até 30 de setembro está proibido o plantio e a manutenção de plantas vivas de soja em lavouras de sequeiro no Tocantins. A medida conhecida como vazio sanitário é uma ferramenta de prevenção e controle da ferrugem-asiática, principal praga que ataca a cultura da soja. 

O responsável técnico do Programa Estadual de Ferrugem-Asiática, Cleovan Barbosa, explica que a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec) realizará ações de monitoramento e fiscalização no campo, a fim de garantir que não haja plantas vivas de soja dentro do período proibitivo. “O controle da ferrugem-asiática é fundamental para a produção de soja no Tocantins. E o vazio sanitário é estratégico para a quebra do ciclo do fungo, por isso, ele deve ser respeitado,” destaca Cleovan Barbosa.

A responsabilidade pela eliminação de todas as plantas vivas de soja voluntárias ou não, é exclusivamente dos produtores ou dos ocupantes da área, e havendo a presença de plantas vivas no campo são obrigados a eliminá-las por meio químico ou mecânico, e a não eliminação estará sujeito a sanções previstas em lei.

Excepcionalidade

Durante o período proibitivo do vazio sanitário, os cultivos excepcionais de soja para fins de pesquisa em terras altas e produção de soja sementes, sementes para uso próprio e pesquisa/ensino nas Planícies Tropicais sob sistema de subirrigação estão autorizadas no Tocantins.

Dados

Nesta safra 2023/2024, a área plantada de soja sequeiro foi de 1.418.595 hectares e foram cadastradas na Adapec 2.793 propriedades com cultivo da oleaginosa no Tocantins. 

Ferrugem-Asiática

A ferrugem-asiática da soja é a principal praga que acomete a oleaginosa, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela dissemina rapidamente entre as plantações através do vento. Os maiores prejuízos causados é a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente. 

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