Tecnologias sobre milho, sorgo e amendoim serão mostradas na ExpoTec 2019

Na parte de milho, os participantes da feira poderão conhecer mais sobre os sistemas de produção dos chamados Milhos Especiais

21.03.2019 | 20:59 (UTC -3)
Rodrigo Peixoto​

Profissionais da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG) e da Embrapa Algodão (Campina Grande/PB) irão apresentar no próximo dia 25 de abril, durante a ExpoTec 2019, uma série de tecnologias voltadas à melhoria da produção no campo.

Na parte de milho, os participantes da feira poderão conhecer mais sobre os sistemas de produção dos chamados Milhos Especiais, a saber, o mini milho (obtido pela espiga de milho retirada do pé ainda jovem) e o híbrido de milho verde BRS 3046, voltado à produção de pamonha e derivados. Além disso, serão discutidas com os visitantes as características agronômicas das variedades de sorgo granífero BRS 380 e BRS 373.

A pesquisadora Luiza Vasconcelos explica que o cultivo de Milhos Especiais é todo cultivo de milho que não é destinado à produção de grãos. “Durante o evento, em nossa estação, apresentaremos as tecnologias milho verde e minimilho e suas especificidades de produção, colheita e pós-colheita”, disse.

Por exemplo, uma das particularidades citada por Luiza Vasconcelos sobre o minimilho é que o cultivo exige densidade de plantio três vezes maior que a do milho convencional. Outro aspecto é que para atender ao padrão de mercado, no momento da colheita, o minimilho deve ter entre 4cm e 12cm de comprimento e entre 1cm e 1,8cm de diâmetro; e ser armazenado sob refrigeração.

“Os benefícios e vantagens do cultivo do minimilho se dão no sentido de ser uma alternativa a pequenos e médios agricultores, que geralmente produzem também outros tipos de hortaliças e podem aumentar a oferta de produtos ao mercado”, afirmou Luiza Vasconcelos.

No caso do sorgo granífero, a cultura é reconhecidamente mais tolerante à seca, característica relevante para o plantio em sucessão à soja. Luiza Vasconcelos conta que as cultivares BRS 380 e BRS 373 são híbridos desenvolvidos pela Embrapa Milho e Sorgo para atender à crescente demanda por opções de ciclo de planta precoce e produtivas. Conforme a pesquisadora, as variedades são alternativas importantes, pois Goiás é o maior produtor de sorgo granífero do País, sendo o produto usado para a alimentação animal como ingrediente de rações.

Evolução do amendoim 

Uma outra estação dentro da ExpoTec 2019 tratará da apresentação de variedades de amendoim desenvolvidas pela Embrapa Algodão. De acordo com o técnico da Embrapa Algodão, Jair Heuert, a intenção é mostrar a diferença entre uma variedade tradicional do Estado de Goiás, representada pela cultivar BR 1, e os benefícios da adoção das cultivares modernas, como BRS 421, BRS 423 e BRS 425.

A BR 1 é um amendoim do tipo Valencia, registrada em 1993, planta de porte ereto que facilita o arranquio manual, ciclo de 90 a 100 dias, apresenta 3 a 4 sementes por vagem, grãos de película vermelha. Variedade recomendada para agricultura familiar para atender às demandas regionais por grãos in natura de película vermelha e comercialização popular na forma de vagens.

Comparativamente, os materiais modernos de amendoim são do tipo Runner. Segundo Jair Heuert, as novas cultivares buscam atender à demanda dos produtores brasileiros por amendoim de porte rasteiro, com alta produtividade e alto teor de ácido oleico, que confere conservação por mais tempo aos produtos com amendoim em sua composição. “São cultivares adaptadas às condições de cerrado, região de potencial expansão da cultura, e tolerantes às principais doenças, cercosporioses e mancha anelar”, afirmou Jair Heuert.

 


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