Embrapa e prefeitura realizam curso de bananicultura em Machadinho do Oeste/RO
A mamona é uma oleaginosa de relevante importância econômica e social, com inúmeras aplicações industriais. Com o intuito de fortalecer esse cenário, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), apresenta os subprodutos da cadeia como alternativa de convivência com a seca, na Fenagro, até o próximo domingo (2), no Parque de Exposições de Salvador.
Os visitantes podem conhecer os subprodutos da mamona e a unidade demonstrativa da cadeia produtiva. O óleo bruto, refinado, hidrogenado e o diesel vêm ganhando importância pelas diversas aplicabilidades. Já as variedades de mamona são exibidas na unidade de demonstração do plantio até a frutificação.
Durante o evento, os técnicos da EBDA ainda apresentam cultivares recomendadas para o semiárido baiano, a exemplo, da propriedade de mamona EBDA MPA 34, variedade recomendada para agricultura familiar. “Essa variedade é de fácil manejo, pois, apesar de ser de porte alto, os cachos ficam ao alcance das mãos na época da colheita”, salienta o técnico da EBDA, Laci Figueiredo. Os participantes podem saber mais sobre o sistema de produção de oleaginosas, levantamento de produção, área e indicação de cultivares de mamona todos os dias na feira agropecuária.
Da industrialização da mamona obtém-se como produto principal o óleo e como fundamental subproduto a torta de mamona, obtida como resíduo do processo de extração do óleo, sendo amplamente utilizada como adubo orgânico de boa qualidade. Enquanto fertilizante, há capacidade de restauração de terras esgotadas. O óleo pode ser usado na fabricação de tintas, isolantes, lubrificante, como base de manufatura de cosméticos e de vários tipos de drogas farmacêuticas. Atualmente, o óleo da mamoneira tem sido utilizado na indústria química fina e na produção de biodiesel.
A região de Irecê é o principal produtor brasileiro de mamona, contribuindo com mais de 75% da produção nacional, entretanto a Bahia também tem produção nas microrregiões de Senhor do Bonfim, Jacobina, Seabra e Guanambi.
Segundo o coordenador da Cultura de Mamona da EBDA, Valfredo Vilella, a mamona e o dendê são considerados as principais oleaginosas para o Estado. No semiárido a cultura da mamona é cultivada exclusivamente no sistema consorciado com culturas alimentares como feijão, milho e sorgo, que após serem colhidos, cedem lugar à expansão das copas da mamoneira, coincidindo também com o início do período de estiagem e início da maturação dos frutos.
Os trabalhos desenvolvidos pela EBDA com a mamona são considerados referências quanto ao melhoramento genético, com foco para o banco de germoplasma. Dessa forma, a EBDA mantém a mamona entre as culturas prioritárias para trabalhos de pesquisa no estado da Bahia, com ênfase para os programas de melhoramento da espécie com adequada diversidade e variabilidade genética da cultura.
O Banco Ativo de Germoplasma de mamona (BAG Mamona) foi criado em 1981, e está localizado na Unidade de Execução de Pesquisa do Paraguaçu da EBDA, no município de Itaberaba e na Estação Experimental de Iraquara, com o intuito de desenvolver atividades relacionadas a conservação da coleção, além da caracterização, avaliação, coleta, intercâmbio e documentação do germoplasma.
“Com a criação do Banco Ativo de Germoplasma de Mamona e manutenção das atividades elaboradas pela EBDA é possível manter a preservação do patrimônio genético da mamoneira e o fornecimento de matéria prima para as atividades de melhoramento e fomento da cadeia produtiva da cultura na Bahia”, destaca Valfredo Vilela, coordenador da cultura da mamona na EBDA.
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