Safra de cana no Norte e Nordeste atinge 45,86 milhões de toneladas

Com cerca de 72% da projeção para a atual safra já realizados, o açúcar mantém a liderança na produção, ativando exportações originadas no Nordeste

30.01.2024 | 15:40 (UTC -3)
Novabio
Foto: divulgação
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O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras do Norte e Nordeste, do início da safra 2023-2024 até o final da primeira quinzena de janeiro, chegou a 45,86 milhões de toneladas. Indicadores compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) revelam aumento de 5,9% na moagem em comparação a igual período do ano passado.

Dados da entidade, que congrega 35 usinas e destilarias de etanol em 11 estados brasileiros, revelam que a produção de açúcar e de etanol (anidro e hidratado) manteve tendência de crescimento em relação ao mesmo período do ciclo 2022-2023. Foram registradas altas de 11,8% para o adoçante – 2,55 milhões de toneladas contra 2,28 milhões de toneladas na safra anterior, e de 1,9% para o biocombustível – 1,81 bilhão de litros ante 1,78 bilhão de litros no mesmo período do ano anterior, respectivamente.

Com cerca de 72% da projeção para a atual safra já realizados, o açúcar mantém a liderança na produção, ativando exportações originadas no Nordeste. Para Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio e presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), a produção de açúcar cresceu na atual safra em grande medida devido ao câmbio mais favorável ao exportador e sobretudo pelo desequilíbrio na competitividade do etanol com a gasolina, causado pela ausência de uma política mais previsível e estável.

“A previsão é que mais de 67 % da produção seja destinada ao exterior, com os embarques do VHP, refinado e cristal direcionados para países das Américas, África, Europa e Oriente Médio”, frisa Cunha.

Com mais de dois terços da safra realizada no Norte e Nordeste, a produção de etanol hidratado cresceu 10,3%. Foram fabricados 902,6 milhões de litros em relação aos 818 milhões de litros verificados em 15 de janeiro de 2023. No caso do biocombustível anidro, que é misturado à gasolina, houve retração de 5,3%, com 914 milhões de litros em relação aos 964 milhões do ciclo anterior.

Entretanto, segundo o presidente da NovaBio, o estoque físico do anidro aumentou 30%. Estão armazenados 236,4 mil litros ante 181,8 mil litros registrados nos primeiros quinze dias do ano passado. Para o hidratado, o recuo foi de 17,43%, totalizando 130,7 mil litros contra 158,3 mil litros estocados na safra 2022-2023. Até 15 de janeiro, somando-se o anidro e o hidratado, o estoque total de etanol atingiu 367,1 mil litros, volume 41,54% superior se comparado aos 259,3 mil litros observados na safra passada.

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