RS Safra 2024/25: seca afeta a soja

Problemas fitossanitários também se intensificam

16.01.2025 | 16:55 (UTC -3)
Revista Cultivar

O Rio Grande do Sul enfrenta um período de baixa umidade relativa do ar e chuvas desuniformes, com volumes reduzidos, impactando negativamente as culturas de verão, em especial a soja.

As condições climáticas dificultam o plantio, prejudicam o desenvolvimento das lavouras e aumentam os riscos de perdas irreversíveis em diversas regiões do estado.

Problemas fitossanitários também se intensificam, com maior ocorrência de pragas e necessidade de aplicações preventivas. 

As informações são da Emater/RS.

Bagé e Fronteira Oeste

Na região administrativa da Emater/RS de Bagé, o plantio está paralisado há cerca de duas semanas devido à escassez de chuvas. Lavouras sem sistema de irrigação correm risco de atraso no plantio, o que compromete a produtividade da soja safrinha.

Em Quaraí, perdas de 10% foram estimadas, com lavouras em fase vegetativa apresentando murcha nas horas mais quentes. Em Maçambará, as perdas estimadas atingem 5%, reflexo de um período de até 50 dias sem chuvas. Em São Gabriel, a variabilidade é alta, com áreas de bom desenvolvimento e outras que sofrem com a falta de umidade.

Na Campanha, as chuvas são aguardadas para finalização da semeadura e replante de lavouras. Em Hulha Negra, alguns produtores realizaram o plantio em solo seco, apostando em previsão de chuvas. Em Bagé, a lagarta-rosca reduziu estandes, com controle por pulverizações noturnas.

Caxias do Sul e Erechim

Na região de Caxias do Sul, as condições climáticas favorecem o desenvolvimento das plantas, sem registro significativo de pragas ou doenças. Já em Erechim, chuvas esparsas geraram problemas de germinação, forçando replantios. Lavouras apresentam sinais de estiagem, especialmente em municípios como Erval Grande e Itatiba do Sul.

Frederico Westphalen e Ijuí

Frederico Westphalen tem 30% das áreas em florescimento, mas chuvas isoladas não foram suficientes para aliviar o déficit hídrico. Em Ijuí, a falta de água já causa perdas em áreas de solos rasos e compactados. O controle de tripes e ácaros tem sido intensificado.

Passo Fundo e Pelotas

Em Passo Fundo, 35% das lavouras estão em floração, sem perdas expressivas registradas. Em Pelotas, 95% da área prevista foi semeada, mas ventos reduzem a umidade do solo. O desenvolvimento das plantas é considerado bom.

Santa Maria e Santa Rosa

Na região de Santa Maria, a estimativa inicial de plantio foi reduzida devido à falta de água. Lavouras em fase reprodutiva estão severamente afetadas, com danos irreversíveis em áreas sem precipitação. Em Santa Rosa, lavouras semeadas precocemente sofrem com murcha intensa e perdas reprodutivas.

Soledade

Em Soledade, 35% das lavouras estão em florescimento e 3% em enchimento de grãos. Manchas causadas pelo estresse hídrico são observadas, mas os impactos gerais ainda são limitados. A ferrugem-asiática é monitorada, com aplicações preventivas em andamento.

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